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Um terço dos heliportos hospitalares impedidos de receber voos noturnos

Tiago Petinga / Lusa

Um terço dos heliportos hospitalares estão impedidos de receber voos noturnos de emergência médica por não cumprirem vários requisitos técnicos como a ausência de sinalização luminosa de auxílio à aterragem.

De acordo com a edição do Jornal de Notícias, que cita dados da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), das 33 unidades hospitalares que têm instalações para receber helicópteros, em dez está proibida a aterragem de voos noturnos, entre os quais o Hospital de Santa Maria, que tem de usar os aeroportos militares de Lisboa.

Os hospitais de Guimarães e Lamego, no distrito de Viseu, não têm certificação para qualquer voo. A proibição foi imposta pela ANAC, entidade responsável pela certificação e fiscalização. No que diz respeito ao hospital de Guimarães, a ANAC, citada pelo jornal, adiantou “que está fechado por não reunir condições para a operação” e em Lamego não terá sido solicitada a certificação.

As bases de Figo Maduro ou Academia Militar, na Estefânia, têm sido a resposta para hospitais como o Hospital de Santa Maria, que não recebem helicópteros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) à noite. O Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que teve a primeira equipa de helitransporte médico no país, em 1997, falta a certificação de voos noturnos.

Os heliportos onde não são permitidas aterragens inclui os hospitais Garcia de Horta, em Almada, de Santarém, de Tomar, dos Covões, em Coimbra, de Mirandela e o hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

Aos 33 heliportos hospitalares, juntam-se mais 11 que recebem hélis de emergência médica que são propriedade de câmaras, bombeiros, Porto de Sine e de privados, em Massarelos, no Porto.

Além da falta de sinalização, a ANAC adianta ainda que a proibição de voos à noite também se deve “à inspeção regular”. Este cenário verifica-se há mais de duas décadas após o arranque do serviço de helicópteros de emergência médica.

// Lusa

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