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Harvey Weinstein expulso da Academia de Cinema

Franck Robichon / EPA

Harvey Weinstein e a mulher, Georgina Chapman

A Academia norte-americana de Cinema e Ciências Cinematográficas, que atribui os Óscares, anunciou hoje que decidiu expulsar o produtor Harvey Weinstein, acusado de assédio, agressão sexual e violação de mulheres.

Reunida este sábado de urgência, a Academia votou esta decisão “bastante para além da maioria necessária de dois terços”, anunciou a entidade num comunicado.

“Não somente nos distanciamos de alguém que não merece o respeito dos colegas, mas enviamos uma mensagem clara de que o tempo da ignorância deliberada e a cumplicidade vergonhosa relativamente a comportamentos de agressão sexual e assédio no local de trabalho na nossa indústria acabou”, indica ainda a Academia.

Weinstein, um dos produtores mais conhecidos e influentes de Hollywood, e a quem Meryl Streep chegou a chamar “Deus”, foi obrigado a abandonar a produtora independente que fundou, após um escândalo sexual que o envolve em vários casos de assédio, ao longo de décadas.  As acusações foram feitas por cerca de 30 mulheres que trabalham no cinema.

Peter Foley / EPA

O produtor Harvey Weinstein esteve por trás de filmes como como “Reservoir Dogs”, “Pulp Fiction” e “Malèna”.

O conselho de administração da Weinstein Company decidiu retirar o produtor da empresa, “face ao surgimento, nos últimos dias, de novas informações relativas à má conduta de Harvey Weinstein“, sublinham os directores da produtora num comunicado.

A bem sucedida carreira de Weinstein foi abalada por uma investigação do New York Times que revela que o produtor alcançou, durante décadas, uma série de acordos extra-judiciais para pôr termo a denúncias de assédio sexual apresentadas por antigas funcionárias e colaboradoras.

ZAP // Lusa

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