Avi Loeb, professor de Astronomia na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, reitera no seu novo livro que o Oumuamua é um sinal de vida inteligente, apesar de outros especialistas terem descartado uma origem artificial como explicação da origem do primeiro objeto interestelar a atravessar o Sistema Solar.
“Um objeto extraterrestre percorreu o espaço próximo à Terra em 2017”, pode ler-se no novo livro de Avi Loeb sobre o Oumuamua, Extraterrestrial: The First Sign of Intelligent Life Beyond Earth, que será publicado no fim de janeiro.
O cientista, que é também doutorado em Física, defende que o Oumuamua não é fruto de um evento natural, alegando que este objeto é o primeiro sinal de vida inteligente fora da Terra. “[Foi observado] um objeto a voar pelo nosso Sistema Solar interior, movendo-se de forma tão rápida que só poderia ser de outra estrela”, lê-se ainda no texto de divulgação da obra, disponibilizado pela editora Houghton Mifflin Harcourt.
Avi Loeb acredita que o primeiro objeto interestelar já observado a atravessar o Sistema Solar é, na verdade, lixo espacial ejetado por uma outra galáxia.
“Havia apenas uma explicação concebível: o objeto era uma peça de tecnologia avançada criada por uma civilização alienígena distante”, acrescenta ainda a nota, que refere que este é um livro controverso e com potenciais implicações profundas para diversas áreas, que incluem a ciência, a religião e o futuro da espécie humana e do planeta.
“[Este livro é] uma viagem alucinante através dos confins da ciência, espaço-tempo e imaginação humana. Extraterrestrial desafia os leitores a apontar para as estrelas e a pensar criticamente sobre o que está lá fora, não importa o quão estranho possa parecer”.
O Oumuamua, que significa “mensageiro”, foi detetado em 2017 com um telescópio no Havai, nos Estados Unidos, ficando conhecido pela sua forma de charuto. O novo cometa foi identificado por especialistas depois do alerta, a 30 de agosto, de um astrónomo amador, Gennadiy Borisov, natural da Crimeia, para um objeto estranho no céu.
“O primeiro objeto confirmado oriundo de outra estrela a visitar o nosso sistema solar, este intruso interestelar parece ser um objeto rochoso em forma de charuto com uma tonalidade um tanto avermelhada”, referiu a NASA, descrevendo as propriedades do corpo.
Especialistas refutam origem artificial
Apesar de Avi Loeb estar convicto de que o Oumuamua é um sinal de vida inteligente, há outros especialistas que refutam esta hipótese, apresentando fenómenos naturais que podem explicar o seu comportamento estranho.
Este corpo celeste, com aceleração gravitacional, poderá ser um icebergue de hidrogénio molecular, segundo uma hipótese levantada por dois cientistas norte-americanos num artigo publicado em agosto na revista The Astrophysical Journal Letters, no qual defendem que a aceleração do Oumuamua poderia ser explicada pela evaporação do oxigénio da sua superfície devido ao aquecimento causado pela luz solar.
Esta teoria, que parecia representar um grande avanço na compreensão da origem deste objeto, já foi rebatida pelo centro de astrofísica norte-americano Harvard-Smithsonian num outro artigo científico, no qual afirmam que um icebergue de hidrogénio não poderia ter sobrevivido a uma viagem tão longa, provavelmente de “centenas de milhões de anos”, para chegar desde o Espaço interestelar até ao Sistema Solar – evaporaria “muito rápido”.
O estudo descarta uma das hipóteses mais fortes já apresentadas para compreender a génese deste corpo celeste, deixando aberta a porta para outras teorias, incluindo as que sustentam que o corpo pode ser uma tecnologia alienígena – apesar de a maioria dos cientistas não colocar muitas esperanças numa resposta extraterrestre.
A procura continua.
Diz o adágio popular que: ¨nem tudo que reluz é ouro¨ , mas devemos acreditar nas declarações do Professor Avi Loeb. Ultimamente tem aparecido muitas coisas estranhas em nossos céus. Deixemos de lado as censuras religiosas de que somos filhos únicos do Deus bíblico. É mais real a origem do Cosmo contada pelo genial Hesíodo. Antes, nós só conhecíamos nove planetas; a décadas ficou provado que Plutão não tinha condições de pertencer ao grupo dos Nove, que passou a ser oito. Hoje, já sabemos que são mais de três mil planetas a girarem por esse imenso Cosmo sem limite. A ciência está acima de tudo. Que bom termos a cada dia tecnologia em constante avanço. E o que pensa joaoluizgondimaguiargondim- [email protected]