Líder do Hamas já anunciou que aceita suspender a guerra com Israel. Governo israelita ainda deve recusar a proposta.
O movimento islamita Hamas anunciou nesta segunda-feira ter aceitado uma proposta de cessar-fogo, mediado pelo Egito e pelo Qatar, para suspender a guerra de sete meses com Israel na Faixa de Gaza.
O grupo palestiniano emitiu um comunicado informando que o seu líder, Ismail Haniyeh, já anunciou a decisão num telefonema aos governos do Qatar e do Egito, mas o Governo israelita ainda não comentou.
Há vários meses que estes dois países têm mediado conversações entre Israel e o Hamas, procurando encontrar uma solução para a guerra espoletada pelo ataque do movimento islamita em território israelita, em 7 de outubro passado.
O canal Al Jazeera acrescenta que um alto responsável israelita acusou o Hamas de ter aprovado uma versão “suavizada” da proposta do Egito – uma proposta que Israel não deve aceitar.
Essa proposta, indica a mesma fonte (anónima), tem conclusões “a longo prazo” que Israel não vai apoiar certamente.
O responsável de Israel apontou que o facto de o Hamas ter aceitado o acordo “parece um estratagema concebido para fazer com que Israel pareça a parte que está a recusar um acordo”.
De acordo com meios de comunicação de Israel, o Governo local deve ser um entrave para este cessar-fogo; não deve aceitar o que estava a ser negociado.
Em Rafah, local “quente” do conflito, os palestinianos vieram para as ruas aplaudir a postura do Hamas; têm esperança de que a anunciada invasão já não aconteça.
Ainda não há detalhes sobre a proposta. Especula-se uma proposta de cessar-fogo por fases, libertação de reféns por parte do Hamas e recuo das tropas israelitas em Gaza.
Mas não é certo que este cessar-fogo seja sinónimo de fim de guerra.
ZAP // Lusa
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