O governador da Florida afirmou esta terça-feira que hackers russos conseguiram aceder às bases de dados de eleitores de dois condados da região antes das presidenciais de 2016.
Segundo o republicano Ron DeSantis, que disse ter recebido a informação do FBI e do Departamento de Segurança Interna na sexta-feira, os dados não foram manipulados e os resultados das eleições não saíram comprometidos. Os condados afetados não foram identificados, mas DeSantis adiantou que os funcionários eleitorais desses círculos estão cientes das intrusões.
De acordo com o que foi explicado, os hackers conseguiram aceder às bases de dados através de um email relacionado com pesca submarina, depois de um trabalhador ter clicado num determinado link.
A próxima etapa é tentar descobrir o que o estado sabia à época, explicou DeSantis: “Obviamente, a administração anterior e as autoridades da Florida não tinham essa informação”.
O relatório do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência russa na eleição de 2016 refere também que hackers conseguiram acesso à rede de pelo menos um condado da Florida.
Mueller, que investigou as suspeitas de interferência dos russos na campanha presidencial de 2016 — e cujo relatório foi publicado no mês passado afastando a hipótese de conluio de Trump —, é esperado no parlamento norte-americano este mês para falar aos congressistas. Mas Trump não concorda com a ideia, uma vez que o relatório concluiu que “não houve crime”.
Divulgado a 18 de abril, o relatório do procurador-especial Robert Mueller não acusou Donald Trump de nenhum crime — levando o Presidente norte-americano a reagir afirmando que as conclusões significavam um “Game Over” para os seus adversários políticos.