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Há sete anos que a média de secundário dos colocados no Ensino Superior não era tão alta

Há sete anos que a média de secundário dos colocados no ensino superior não era tão alta. Relativamente aos alunos de cursos científico-humanísticos, a média dos colocados tem vindo a aumentar desde 2015, tendo atingido os 15,5 valores neste ano.

Em 2012, ficou ligeiramente abaixo deste limite. “Os alunos estão motivados”, justificou o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Fontainhas Fernandes, ao Diário de Notícias.

Ao analisar o gráfico destes últimos sete anos, ao qual o DN teve acesso, “não parece haver uma tendência clara”, escreve a tutela. Desde 2012 que as médias dos vários grupos de cursos se mantêm instáveis.

“Nem é possível adivinhar se será assim no próximo ano, porque são dados flutuantes”, acrescenta Fontainhas Fernandes. Dependem de fatores como a dificuldade dos exames nacionais e das reformas pedagógicas adotadas nas escolas.

Também nos cursos profissionais correntes, as notas aumentaram ligeiramente face ao ano transato, embora estejam mais de um valor abaixo do registado em 2012.

Nos profissionais pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), mantiveram-se praticamente na mesma linha do que alcançaram em 2012, pouco abaixo dos 16 valores. Já nos cursos artísticos, que até 2015 seguiram uma tendência de quebra e voltaram a descer no ano passado, este ano subiram, situando-se ligeiramente acima dos 15 valores.

O número de candidatos com média igual ou superior a 17 valores aumentou neste ano, face a 2018, de 10.444 para 10.953.

Entre estes, na 1.ª fase do concurso de acesso ao ensino superior deste ano, um total de 41 candidatos ingressaram com média de secundário igual a 20 valores exatos. Destes, 20 são de cursos de Ciências e Tecnologias, 17 de escolas estrangeiras em Portugal, dois de Ciências Socioeconómicas e os restantes dois distribuídos entre alunos de equivalências estrangeiras (1) e de Biotecnologia (1).

O número de candidatos com médias iguais ou inferiores a dez diminuiu, relativamente ao ano passado, de 40 para 27.

Neste ano, foram colocados 44.500 novos estudantes nas mais de 51 mil vagas disponibilizadas na 1.ª fase, sendo que 27.280 correspondem ao ensino universitário e 17.220 ao politécnico. Ainda assim, a subida foi pouco significativa de 508 estudantes, face ao ano anterior (43.992), mas expectável, relativamente ao reforço de quase mais dois mil candidatos que se apresentaram.

Entre os candidatos, 87,2% foram já colocados, tendo 87% da totalidade dos estudantes sido admitidos numa das suas três primeiras opções. Mais de metade (53,1%) conseguiu colocação na sua primeira opção.

“O que mostra que os alunos estão motivados e isso vai aumentar o sucesso pedagógico”, comenta o representante da CRUP.

Já 21,9% destes ficaram na sua segunda opção, 12% na terceira, 6,6% na quarta, 4% na quinta e 2,4% na sua última e sexta opção.

Ainda há 9 vagas por preencher em Medicina

Cursos como medicina no Porto, Lisboa e Coimbra, enfermagem nas escolas superiores das mesmas cidades, engenharias aeroespacial, física e tecnológica e biomédica no Técnico ou ciência dos dados no ISCTE são alguns dos cursos superiores que, numa primeira fase, ficaram com todos os lugares preenchidos no concurso nacional de acesso, mas em que a não inscrição de alguns alunos acabou por gerar vagas ainda em aberto.

Ao todo são 11.614, distribuídas por 1027 cursos. No entanto, explica o Expresso, nas licenciaturas e mestrados integrados mais disputados, as vagas resumem-se a uma ou duas. É o que acontece com Medicina nas duas faculdades em Lisboa, na de Coimbra e no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) no Porto. No Minho todos os que entraram na 1ª fase concretizaram a matrícula e na Universidade da Beira Interior ainda há quatro lugares.

Não é de esperar que as notas de entrada diminuam nestes cursos e podem até ser mais altas do que na 1ª fase, pois os lugares em disputa são ínfimos.

As candidaturas à 2.ª fase decorrem entre 9 e 20 de setembro. Para esta fase, são colocadas a concurso as vagas sobrantes da 1.ª fase, as ocupadas na 1.ª fase mas sem concretização de matrícula (divulgadas a 18 de setembro no site da DGES), as libertadas na sequência do processo de recolocação de estudantes colocados na 1.ª fase, bem como as vagas libertadas em consequência de retificações na colocação da 1.ª fase. Os resultados desta fase serão divulgados a 26 de setembro.

ZAP //

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