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Há mais solidariedade em Portugal

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Bancoalimentar / Facebook

foto: facebook.com/bancoalimentar

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Trinta por cento dos inquiridos num estudo sobre solidariedade e responsabilidade social em Portugal disseram contribuir de “forma regular” com donativos para ações sociais, um número que quase triplicou face a 2010.

Contudo, também aumentou o número de pessoas que deixou de apoiar instituições de solidariedade e organizações não-governamentais, adianta o estudo hoje divulgado “Solidariedade e a Responsabilidade Social em Portugal – onde estamos?”, que compara os dados com os resultados de um trabalho semelhante realizado em 2010.

“Se em 2010 eram 46% a afirmar que não contribuíam para qualquer causa solidária, agora são 54% a assumir esse posicionamento”, refere o estudo, admitindo que terá contribuído para esta situação o “agudizar da crise económica”.

O estudo, promovido pela Associação LINK, revela que portugueses estão “mais sensíveis e colaborantes” com ações de índole social, com apenas 12% dos inquiridos a referirem “não saber ou ainda não ter pensado sobre o assunto”.

Há três anos, 40% dos portugueses mostravam um grande distanciamento com as questões da responsabilidade e da solidariedade social.

Relativamente ao perfil dos doadores e dos voluntários portugueses, o estudo conclui que não há diferenças de comportamento entre homens e mulheres.

Os doadores atingem a expressão máxima entre os 45 e os 54 anos, enquanto o voluntariado tem a preferência dos jovens entre os 18 e os 24 anos.

A maioria de doadores encontra-se no litoral norte e o voluntariado na zona interior do País.

As crianças e os idosos são os grupos considerados prioritários para o apoio social por 76% dos inquiridos, seguindo-se os deficientes (54%), os doentes (51%) e os sem-abrigo (48%).

Sobre a disponibilidade para aderirem a diferentes tipos de ações de solidariedade, 81% mostram “clara abertura” para optar, em caso de igualdade de preço, por produtos e serviços que apoiem uma causa social.

“Mas se o produto for mais caro essa apetência diminui significativamente”, refere o estudo, explicando que a importância do fator solidariedade social na escolha de uma marca está longe de ser prioritária, surgindo muito depois de atributos como o preço, a qualidade do produto ou a notoriedade da marca.

O estudo sublinha ainda “a boa adesão” revelada por 72% dos inquiridos de fazerem um donativo no momento do pagamento das compras.

A compra de géneros alimentares é a forma de donativo preferida pelos portugueses (74% contra 56% em 2010), seguindo-se as ações de voluntariado (35%), os donativos em peditório de rua (31%) e no momento do pagamento de compras (27%).

As ações de solidariedade social mais referidas pelos inquiridos foram os peditórios do Banco Alimentar Contra a Fome (32%) e as ações da Campanha Arredonda (7%).

A análise conclui que os portugueses revelam atualmente “um aumento significativo da familiaridade com o conceito de solidariedade social” face a 2010, embora no que se refere à importância percecionada deste conceito se tenha verificado uma estagnação.

O estudo, realizado entre os dias 17 e 28 de maio pela empresa GfK, foi feito através de entrevistas diretas nas residências dos inquiridos, sendo a amostra representativa da população portuguesa residente em Portugal Continental e constituída por 1021 indivíduos com idades entre os 18 e os 64 anos, com distribuição proporcional pelas diferentes regiões do país.

/Lusa

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