ZAP // 93rd M.B.
O grupo Wagner, que alega ter conquistado definitvamente a cidade de Bakhmut, na Ucrânia, disse que vai agora transferir as suas posições tácticas ao Exército russo. As autoridades ucranianas sustentam que os combates continuam na cidade.
A partir de 1 de Junho, as posições conquistadas pelo grupo Wagner, liderado por Yevgeny Prigozhin, na cidade de Bakhmut, na Ucrânia, vão passar para as mãos do Exército russo.
O anúncio hoje feito dá assim como encerrado este capítulo da invasão da Ucrânia — pelo menos, do ponto de vista de Moscovo
As autoridades ucranianas continuam a sustentar que os combates não acabaram e que a cidade ainda não capitulou.
No seu comunicado desta segunda-feira, Yevgeny Prigozhin voltou lançar acusações ao Exército russo, alegando que há demasiadas altas patentes, como generais, e acusando-os de não terem fornecido munições aos para-militares que estão a lutar no terreno.
A relação de Prigozhin — conhecido como o “cozinheiro de Putin” por ter sido o responsável pelo catering do Kremlin durante anos — com as tropas russas já viu melhores dias.
Há vários meses que o líder do grupo Wagner tem criticado abertamente o Ministério da Defesa russo nas redes sociais, acusando-o de não fornecer munições suficientes e de sabotar as ofensivas dos mercenários.
Recentemente, documentos da inteligência norte-americana divulgados no Discord revelaram que Prigozhin terá oferecido informações sobre as tropas russas a Kiev em troca de uma retirada dos soldados ucranianos das imediações de Bakhmut.
Este sábado, o Grupo Wagner anunciou ter tomado Bakhmut na totalidade, mas as autoridades ucranianas dizem que os seus soldados ainda detêm alguns edifícios e que os homens sacrificados em Bakhmut pelos russos vão ser necessários noutras manobras tácticas.
Seja qual for a situação, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, considera que quem ficar a controlar Bakhmut ficará com… nada. “O que têm de perceber é que não lá existe nada, todos os edifícios foram destruídos”, descreveu.
Esta manhã, em Zaporizhzhia, a central nuclear voltou a ficar desligada da rede eléctrica ucraniana após novos ataques russos. O corte durou ainda várias horas esta manhã e inquietaram os observadores da Agência Nuclear internacional, que temem um acidente nuclear de larga escala.
Já em Moscovo, o Kremlin deu conta de uma incursão ucraniana de “sabotadores” no território russo. As autoridades ucranianas rejeitam qualquer ligação ao episódio.
ZAP // RFI
Que é como quem diz: vai pôr-se na alheta sem ter terminado o trabalho e fugir porque já viu que mais umas semanas aí e ficaria cercado.
É que é mesmo isso. Ala que se faz tarde que vêm aí os ucranianos em força. O homem pode ser muitas coisas mas não é parvo nem cego.