/

Antes do pedido de insolvência, Groundforce pediu dinheiro à TAP para pagar salários

A Groundforce alertou a TAP de que não tinha dinheiro para os salários e precisava de receber pagamentos da companhia aérea imediatamente antes de o pedido de insolvência ter sido feito.

Segundo o ECO, numa carta enviada a 5 de maio, dois membros da Comissão Executiva pediram que não fosse feito um acerto de contas no fim deste mês que impeça pagamentos necessários à empresa de handling.

O mesmo jornal avança que o pedido se refere aos contratos de prestação de serviços de assistência em escala realizados em abril e cujo pagamento será feito a 30 de maio.

A SPdH (Groundforce) lembra que, “por força da pandemia que todos afetou, não tem liquidez” para, a 27 de maio, “fazer face aos pagamentos dos salários dos seus trabalhadores, podendo apenas fazê-lo com o recebimento do pagamento mensal dos serviços de handling que presta à TAP e às demais companhias aéreas”.

Embora Alfredo Casimiro tenha dito que havia dinheiro em caixa, já tinha conhecimento de que os salários de maio não estavam afinal garantidos. A ideia da Groundforce era conseguir, junto da TAP, liquidez para essas remunerações.

De recordar que além de a TAP ser acionista da Groundforce, também é cliente e fornecedora.

A Groundforce alega que, devido aos apoios no contexto da covid-19, não pode simultaneamente entrar em incumprimento com os trabalhadores, mas cumprir nos pagamentos a um credor não privilegiado sob pena de contrariar a lei.

Foi já depois desta carta que a TAP, na qualidade de credora, deu entrada com um requerimento junto dos Juízos de Comércio de Lisboa do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa para a insolvência da empresa.

Agora, será feita uma apreciação judicial, podendo a Groundforce apresentar uma eventual oposição. A sentença pode ser de indeferimento do pedido apresentado pela TAP ou de declaração de insolvência da empresa de handling.

No último caso, será nomeado um administrador de insolvência.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.