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Decisão da insolvência da Groundforce pode demorar dois meses. Salários de maio em risco

Fernando Veludo / Lusa

Os salários de maio de 2400 trabalhadores da Groundforce devem ser pagos dentro de duas semanas, mas é grande a probabilidade de que isso não aconteça, à semelhança do que ocorreu em fevereiro, elevando as incertezas sobre empresa, cuja insolvência foi pedida esta semana pela TAP.

De acordo com o Expresso, espera-se litigância por parte de Alfredo Casimiro, o acio­nista maioritário (50,1%), surpreendido com a decisão de insolvência por parte da TAP – acio­nista (49,9%) e cliente da Groundforce -, que tem o apoio do Ministério das Infraestruturas, liderado por Pedro Nuno Santos.

Numa reunião com os sindicatos esta semana, Pedro Nuno Santos disse que os salários de maio não estão assegurados. Ao Expresso, fonte do Ministério das Infraestruturas indicou: “Os salários de maio são uma responsabilidade da atual administração da Groundforce, já que não se prevê que o deferimento do pedido de insolvência ocorra antes dessa data”.

Os salários, continuou o semanário, podem colocar em risco um serviço essen­cial para os aeroportos portugueses, não se sabendo como serão pagos os salários enquanto a empresa estiver em processo de insolvência. O ministério estima um período de “dois meses” até ao deferimento do pedido, com a empresa a ser gerida pela atual administração.

O setor de atuação da Groundforce é dominado por esta empresa (e 70%) e pela Portway, sendo as licenças para operar intransmissíveis e a sua atribuição implicando o lançamento de um concurso. A Portway, apontou o Expresso, não tem condições para assegurar o serviço a todas as compa­nhias.

Sobre o futuro da Groundforce, o semanário apontou dois caminhos paralelos: a insolvência ou a venda da participação de Alfredo Casimiro, num processo assessorado pelo banco Nomura.

Taísa Pagno //

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