Luís Grilo fez sete seguros de centenas de milhares de euros antes da sua morte

Luís Grilo / Facebook

O tri-atleta Luís Grilo

O triatleta Luís Grilo terá feito, antes de morrer, sete seguros de centenas de milhares de euros. As conclusões da investigação sugerem que Rosa Grilo e o seu amante terão cometido o crime para assegurar o acesso aos bens e ao dinheiro das indemnizações.

A acusação do Ministério Público entende, após investigação, que as motivações do crime cometido por Rosa Grilo e António Joaquim foram relacionadas com o valor das indemnizações dos seguros de Luís Grilo. Os dois são acusados de prática de crimes de homicídio qualificado agravado, profanação de cadáver e tenção de arma proibida.

A defesa de Rosa Grilo já reagiu às acusações, dizendo que pondera requerer a abertura de instrução, para evitar que o caso chegue a julgamento em tribunal. Por outro lado, a defesa de António Joaquim, confessou ao Público, que acredita que o teor da acusação é insuficiente e que a absolvição do seu cliente é “o mais provável“.

“Compete ao Ministério Público provar a culpa e não compete ao arguido provar a sua inocência”, rematou o advogado de António Joaquim. “Ainda que, após a leitura do despacho de acusação e a análise do raciocínio e dos argumentos aí expostos, seja de concluir pela provável absolvição do arguido em sede de julgamento”, acrescentou Ricardo Serrano Vieira.

Rosa Grilo e António Joaquim terão, alegadamente, planeado o homicídio do triatleta sete semanas antes. A ideia seria “assumirem publicamente a sua relação amoroso e, simultaneamente, assegurar uma situação económica abastada a Rosa Grilo“, que ficaria com o dinheiro dos seguros do marido.

Além de triatleta, Luís Grilo era também empresário, tendo rendimentos de duas empresas informáticas que detinha. A juntar a estes rendimentos, os sete seguros que Luís Grilo fez, cinco dos quais de vida, representam um valor superior a 500 mil euros.

A razão pela qual Grilo decidiu, poucos meses antes do seu homicídio, fazer os sete seguros é ainda uma incógnita para o Ministério Público. Segundo o Público, até ao início de dezembro de 2017, o triatleta tinha apenas um Plano Poupança Reforma e uma apólice.