Exoneração na Agência para a Modernização Administrativa não foi a última: “Claro que vão continuar a acontecer”. Funcionários públicos em greve.
Hoje é dia de greve na função pública, a primeira desde que o novo Governo tomou posse.
A Frente Comum de sindicatos da administração pública espera uma “grande adesão” à greve marcada para esta sexta-feira.
Já há indicação de diversas escolas encerradas por causa desta paralisação.
A Frente Comum espera também fortes constrangimentos na saúde, nos tribunais, Segurança Social e repartições de finanças.
Os funcionários públicos exigem valorização das carreiras, defesa dos serviços públicos e aumentos salariais intercalares.
Os salários da função pública foram aumentados 52,63 euros ou 3%, no início deste ano.
“Os trabalhadores da Administração Pública estão a perder poder de compra há duas décadas. Precisamos de aumentos já, não é em Janeiro de 2025″, explicou no ECO Sebastião Santana, secretário-geral da Frente Comum.
O protesto serve para lembrar uma exigência dos sindicatos, que já foi anunciada em 2023: aumentos salariais de, pelo menos, 15%.
Outra exoneração, sem “purga”
Ainda na administração pública, mas noutro contexto, nesta semana houve mais uma exoneração anunciada pelo Governo.
Desta vez da administração da Agência para a Modernização Administrativa.
O Governo alega que houve “incumprimento de 70% das metas e marcos intermédios previstos pelo Plano de Recuperação e Resiliência para 2023, em particular na abertura de novas Lojas e Espaços de Cidadãos, com potencial impacto nas metas de desembolsos previstos para 2026″, além de falhas no Plano de Actividades de 2023.
O presidente exonerado, João Dias, disse ao Diário de Notícias que não percebe esta decisão, não tem qualquer explicação “factual, objectiva e palpável” – e a sua saída pode seguir para os tribunais.
O assunto foi levado para a Assembleia da República, pelo Livre. Luís Montenegro assegurou que o novo Governo não está a realizar uma “purga” na administração pública, que não vai ser “colonizada”.
Mas, na resposta ao Livre, o primeiro-ministro avisou: “Claro que as exonerações vão continuar a acontecer”, sublinha o jornal Público.
Nuno Teixeira da Silva, ZAP // Lusa
Citando uma outra notícia: “Aumento recorde nos salários da Função Pública. Ganhos médios superam os 2 mil euros”. São os que mais choram, mas já dizia o ditado: quem não chora…
O 25 de A afinal não foi para o Povo, foi para os Funcios.