Esta sexta-feira, os sindicatos de enfermeiros realizam uma manifestação nacional em Lisboa e uma concentração junto ao Ministério da Saúde, culminando uma greve de seis dias que tem afetado vários serviços por todo o país.
Começou no dia 10 deste mês. A paralisação dos enfermeiros tem o principal objetivo de exigir ao Governo que apresente uma nova proposta negocial da carreira de enfermagem que vá ao encontro das expectativas dos profissionais e dos compromissos assumidos pela tutela.
A greve começou ainda com o anterior ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, em funções, mas mesmo com a remodelação governamental, realizada no domingo, não foi alterada nem interrompida.
Para esta sexta-feira, último dia de greve, os sindicatos têm marcada uma manifestação, que começa pelas 14h00 no Campo Pequeno, em Lisboa, e que segue até ao Ministério da Saúde, onde os profissionais se irão concentrar.
Nos cinco dias de greve já realizados, as adesões estiveram sempre acima dos 60%. A greve foi realizada por serviços, contemplando nalguns dias hospitais, noutros centros de saúde e ainda noutros todas as instituições de saúde do setor público.
Os enfermeiros exigem a revisão da carreira de enfermagem, a definição das condições de acesso às categorias, a grelha salarial, os princípios do sistema de avaliação do desempenho, do regime e organização do tempo de trabalho e as condições e critérios aplicáveis aos concursos.
Reivindicam, entre outras matérias, que a Carreira Especial de Enfermagem seja aplicável a todas as instituições do setor público/SNS e a todos os enfermeiros que nelas exercem independentemente da tipologia do contrato e que sejam consagradas as condições de acesso à aposentação voluntária dos enfermeiros e com direito à pensão completa sejam os 35 anos de serviço e 57 de idade (base inicial para negociação).
No primeiro dia de greve, o então ministro da Saúde afirmou que o Governo tem “uma vontade enorme” de chegar a um entendimento com os enfermeiros sobre o modelo de carreira e valorização profissional, considerando que essa reivindicação é justa.
Esta greve de seis dias, não seguidos, foi convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, pelo Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira, pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal e pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros.
// Lusa