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Multas de Brueckner foram pagas por polícia que o investigou. Suspeito no caso Maddie será libertado

Filip Singer / EPA

Christian Bruckner, principal suspeito no caso Maddie

Uma ex-polícia envolvida numa investigação a Christian Brueckner terá pago acidentalmente as multas, antecipando a libertação do principal suspeito no desaparecimento de Maddie.

Christian Brueckner, o principal suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann, poderá sair em liberdade já no dia 17 de setembro, após o pagamento de uma multa judicial pendente no valor de cerca de 1500 euros.

A responsável pelo pagamento foi, surpreendentemente, uma ex-agente da polícia criminal federal alemã (BKA), a mesma força que esteve envolvida na investigação ao violador condenado, avança o tablóide britânico The Sun.

A identidade da mulher não foi revelada publicamente, mas a própria confirmou à revista alemã Der Spiegel que transferiu o valor diretamente para o sistema judicial alemão. A ex-agente afirma ter trabalhado na área de “tecnologia operativa de áudio” e terá estado envolvida na escuta da cela de Brueckner durante uma investigação anterior. Apesar disso, garantiu nunca ter tido contacto pessoal com o suspeito.

A sua intervenção gerou polémica, já que este pagamento evita que Brueckner cumpra pena até janeiro de 2026, como inicialmente previsto, e reduz o tempo disponível para as autoridades reunirem provas forenses cruciais que possam permitir uma acusação formal no caso de Maddie McCann. A libertação antecipada representa, segundo os especialistas, um risco grave de fuga, especialmente se Brueckner for para um país sem acordo de extradição com a Alemanha.

Inicialmente, a ex-agente justificou o pagamento da multa como sendo relativo a um caso de injúrias contra um agente da autoridade, que considerava injusto. Contudo, mais tarde admitiu ter percebido que as infrações estavam relacionadas com agressão física, condução sob efeito de álcool e falsificação de documentos – mas afirmou que já era tarde para anular a transferência.

A multa liquidada refere-se a condenações dos tribunais de Helmstedt e Braunschweig, datadas de 2016 e 2017. Brueckner, atualmente a cumprir pena pela violação de uma turista americana de 72 anos, em 2005, será libertado após o cumprimento desta condenação.

Suspeito desde 2020 no caso do desaparecimento de Madeleine McCann, ocorrido em 2007 na Praia da Luz, Algarve, Brueckner nunca foi formalmente acusado. O seu telefone foi rastreado na zona no momento do desaparecimento, e a sua viatura foi alterada para outro nome logo no dia seguinte. Vários elementos, incluindo declarações indiretas e material digital, ligam-no ao crime, mas continuam a faltar provas forenses conclusivas.

ZAP //

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