Greve de fome de reclusos na prisão de Monsanto

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Numa carta aberta, os 40 reclusos em greve de fome pedem mais condições dos estabelecimentos e alertam para a agressão policial. 

Vinte e um reclusos estão hoje em greve de fome na cadeia de Monsanto, um protesto que se iniciou na segunda-feira para exigir melhores condições no estabelecimento prisional, confirmou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

Segundo a DGRSP, um total de 30 detidos do Estabelecimento Prisional de Monsanto, em Lisboa, preencheram o boletim de início de greve de fome à primeira refeição na segunda-feira, com nove a desistirem entretanto, mantendo-se esta quarta feira 21 reclusos em protesto.

Uma carta aberta dos reclusos enviada a várias entidades, a que a Lusa teve acesso, indicava que eram 40 os detidos que entraram em greve de fome.

A direção-geral adiantou que reclusos que estão a cumprir o protesto estão a ser acompanhados pelos serviços clínicos, sem que, até ao momento, apresentem qualquer problema de saúde.

A DGRSP referiu que os reclusos reclamam de “algumas das regras que decorrem da regulamentação do regime de segurança em que se encontram” e exigem mais atividades e ocupação para além das que já usufruem, como ginásio, desporto ao ar livre com acompanhamento de professor, escola, atividade laboral e acesso aos livros que podem requisitar da biblioteca.

De acordo com o Expresso, escreve-se também na carta que, desde 2024, “foram agredidos inúmeros reclusos sem motivo aparente pelo grupo de guardas prisionais”.

Protestam também da assistência médica e medicamentosa que lhes é prestada, sendo que o Estabelecimento Prisional de Monsanto tem, para um universo de cerca de 70 reclusos, três médicos, dois psicólogos, um psiquiatra, um nutricionista, um farmacêutico e oito enfermeiros, indicou a direção-geral.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Pelos protestos dá a entender que se voluntariaram para serem presos… há universidades sem condições que até chove dentro das salas e ainda pagam propinas, estes comem de borla e agora até se dão ao luxo de passar fome…

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