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“Não há comboio nenhum nem vai haver durante todo o dia”, e os próximos dias podem ser iguais. Adesão de 100% à greve dos trabalhadores por maiores aumentos salariais. Pressão imensa sobre os autocarros por todo o país.
Não há um único comboio a circular no país esta quarta-feira . A circulação de comboios está parada em todo o país, segundo a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), que aponta uma adesão de 100% à greve de trabalhadores convocada por vários sindicatos.
Não foram decretados serviços mínimos no protesto dos trabalhadores da CP, que se prolonga até 14 de maio para reclamar aumentos salariais mais elevados.
“Neste momento a adesão é 100%, não há comboio nenhum nem vai haver durante todo o dia“, diz à RTP esta manhã o presidente da Associação Sindical das Chefias Intermédias da Exploração Ferroviária, Júlio Marques, na estação de Campanhã, no Porto.
Os próximos dias “podem ser exatamente iguais ao de hoje se não houver disponibilidade por parte da CP e do Governo para fazer um acordo”, aponta o responsável.
A greve terá um especial impacto nos dias de hoje e quinta-feira devido ao maior numero de sindicatos (14) que aderiram à paralisação nestes dias.
A RTP relata utentes desesperados para entrar no autocarro, em Lisboa, na Linha de Sintra.
A esta greve junta-se, hoje e quinta-feira, a paralisação convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) e, entre 7 e 14 de maio, a convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).
O Governo diz que a greve na CP é “vazia de objetivos”.
“O país é surpreendido pelas maiores greves desde que tomámos posse. Greves marcadas já com o Governo em gestão, limitado na sua capacidade negocial; greves marcadas especificamente para o período de campanha eleitoral; greves que não são ferramentas de negociação; greves vazias de objetivos”, considerou o ministro das Infraestruturas Miguel Pinto Luz esta terça-feira.
ZAP // Lusa
As greves não fazem sentido nesta altura de eleições. Só com objetivos meramente partidários.
PCP a dar sinais de vida. Antes de acabar
Estou a trabalhar desde 1989 e nunca fiz um dia de greve. Venha um dia um governo que tenha a coragem de fazer alguma coisa para resolver esta situação. Uma “coisa” que faz 3 meses de greve por ano há mais de 50 anos, está mesmo a pedir que alguma coisa se faça urgentemente para acabar com a situação. Encerre-se a coisa ou venda-se ao Partido Comunista da República Popular da China. Neste ponto da situação já pouca diferença faz. A manutenção da coisa como ela está é uma indignidade para a população.
Tenho vergonha de viver neste país.
Vendam a CP aos privados! A CP é um ninho de comunistas disfarçados de sindicalistas.
Fazer uma greve (ainda por cima com esta dimensão/duração) durante um governo de gestão que nada pode fazer e a semana e meia das eleições é, no mínimo, estranho e coloca em causa as capacidades cognitivas dos dirigentes sindicais… Ou será que existe uma agenda meramente política por detrás disto e esta gente ainda acha que engana o povo com o argumento de que estão a defender os trabalhadores?
País vergonhoso com governantes vergonhosos, o lixo da europa