Ativista Greta Thunberg arrasa congressista republicano nos EUA

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Com tranquilidade e humor, a ambientalista sueca de 16 anos Greta Thunberg mostrou na quarta-feira que é um osso duro de roer em pleno Congresso dos Estados Unidos (EUA), ao devolver o argumento usado por um dos políticos republicanos que rejeitam adotar políticas de proteção ambiental.

Greta Thunberg, que está há vários dias nos EUA para participar em conferências da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, ouviu o congressista Garret Graves afirmar que “não faz sentido” alguns países andarem a limpar o oceano quando outros poluem. “O ponto importante [e] o que precisamos de fazer é focarmo-nos nos países que deitam lixo para o oceano” – como é o caso da China, exemplificou o republicano.

Num pequeno vídeo que está a circular nas redes sociais, ouve-se a jovem ativista a interrompê-lo com “outra perspetiva: sou da Suécia, um país pequeno” onde se utiliza “o mesmo argumento: porque é que devemos fazer alguma coisa? Basta olhar para os EUA”.

Greta Thunberg acrescentou que o argumento de Garret Graves sobre a China “também está a ser usado contra” os EUA, o que motivou risos e palmas entre quem assistia à audição parlamentar.

Garret Graves tinha começado por perguntar a Greta Thunberg “como é que ela se sentiria” se visse um navio a deitar cinco vezes mais lixo para o oceano do que aquele que ela estaria a recolher. A adolescente recorreu ao humor: “Primeiro, iríamos tão depressa que não havia tempo suficiente para apanhar qualquer lixo…”.

Mas, interrompeu o congressista com um sorriso, como se sentiria “se fosse um marinheiro lento como eu?”. Greta Thunberg prosseguiu: “Bem, por essa lógica, também estou a despejar muito lixo no oceano. E então eu parava de deitar o meu lixo no oceano e dizia ao outro barco para também parar de deitar lixo no oceano”.

TP, ZAP //

6 Comments

  1. Pois, é um símbolo da sua geração, e ainda bem, porque se trata de uma geração cujas referências se resumem a inúteis desmiolados: influnciadores, desportistas e músicos que nada de útil ou positivo têm para mostrar! Bem que esta geração necessita de uma referência que vá além do superficial, do materialismo, do êxito fácil.. . Mas, não esqueçamos, trata-se de uma miúda (sem desprimor) tem muito a aprender das coisas e da vida. Se não se perder, poderá ser um símbolo da mudança que se impõe. Mas, não a endeusem já…

    • A questão é que a menina não terá que ser uma super-mulher. Terá a sua vida e usufruirá do direito universal de ser feliz, espero eu. Há 27 anos houve a Severn Cullis-Suzuki. Há 27 anos! E, de lá para cá, tudo está pior. O que estas meninas fizeram e fazem deveria ser suficiente para iniciar mudanças e não podemos exigir-lhes mais. Já fazem muito. Muito mais do que eu e a grande maioria.

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