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Patrícia Moreira, a adepta do Grémio apanhada em flagrante pelas câmaras: ma-ca-co.
O Grémio de Porto Alegre foi excluído esta quarta-feira da Taça do Brasil de futebol deste ano devido a insultos racistas ditos por adeptos contra o guarda-redes do Santos, durante um jogo realizado a 28 de agosto.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva decidiu ontem por unanimidade expulsar a equipa treinada por Luiz Felipe Scolari da competição, após depoimentos da defesa do clube e da acusação.
O Grémio, que pode recorrer, foi multado em 50 mil reais (17 mil euros) e os adeptos identificados serão proibidos de assistir a partidas da equipa em estádios durante 720 dias, ou seja, quase dois anos. O árbitro e os auxiliares também foram multados e suspensos por não terem relatado o sucedido no relatório.
Esta é a primeira vez que um clube brasileiro é expulso de uma competição devido a racismo, o que acontece pelo facto de a Taça do Brasil ser uma prova de eliminação.
Num torneio por pontos, como o campeonato, o clube seria penalizado com perda de pontos.
Os insultos racistas foram proferidos por adeptos do Grémio no estádio da equipa, em Porto Alegre, no último dia 28.
O guarda-redes Aranha disse ter sido chamado de “macaco“, ofensa que foi captada por canais de televisão.
Apesar de o Brasil ter uma população de negros e mestiços que representa mais da metade dos habitantes, segundo o censo mais recente, e de serem comuns as campanhas antirracismo no futebol, feitas inclusive durante o Mundial, episódios de discriminação ainda ocorrem nos estádios.
No Rio Grande do Sul, Estado com mais de 80% da população autodeclarada branca e com uma maioria de origem europeia, houve pelo menos outros três casos de racismo no futebol neste ano, sendo um deles cometido pelos adeptos do Grémio contra um defesa do Internacional.
ZAP / Futebol 365 / Lusa
