A agência de notação financeira Moody’s reviu em alta o rating da dívida pública da Grécia, subindo-o, em dois níveis, de Caa3 para Caa1, argumentando com diversas melhorias e assinalando uma perspetiva estável.
A Moody’s mencionou três fatores para justificar a sua decisão, o primeiro dos quais foi “a melhoria significativa” do saldo orçamental e o seu entendimento de que o governo vai permanecer empenhado com a consolidação orçamental.
Um segundo fator foi o da melhoria das perspetivas económicas gregas, que a Moody’s justificou com a recuperação conjuntural e o avanço na realização das designadas reformas estruturais.
Por fim, a agência apontou ainda a redução do peso dos juros e o aumento do prazo da dívida.
Sobre o primeiro, a Moody’s particularizou que espera o início da descida da dívida, expressa em percentagem do produto interno bruto (PIB), em 2015, depois de atingir um valor máximo de 179% do PIB em 2014, atingindo os 166% do PIB em 2018.
Incertezas
No seu comunicado, a Moody’s adiantou também que o rating incorpora “o permanente e alto nível de incerteza política” no país e admitiu “uma elevada probabilidade de eleições legislativas antecipadas no primeiro trimestre de 2015”.
A agência disse “acreditar que a perspetiva de eleições antecipadas, cujo resultado é incerto, aumenta o risco de adiamentos na realização de políticas num momento crítico do programa de ajustamento e amplifica os riscos de liquidez e financiamento associados às necessidades de curto prazo”.
/Lusa