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Gravuras de Águeda afinal não são de Rembrandt

The Mauritshuis / Wikimedia

"A lição de anatomia do Dr. Nicolaes Tulp", de Rembrandt Harmenszoon van Rijn, óleo em tela de 1632

“A lição de anatomia do Dr. Nicolaes Tulp”, de Rembrandt Harmenszoon van Rijn, óleo em tela de 1632

A Direção-Geral do Património Cultural informou esta quinta-feira que as gravuras até agora analisadas, atribuídas a Rembrandt e que estiveram expostas no Museu da Fundação Dionísio Pinheiro, em Águeda, não são originais.

“Algumas das gravuras foram enviadas e analisadas por especialistas do Laboratório José de Figueiredo. Após o processo de análise verificou-se que não se tratavam de originais“, esclareceu à Lusa fonte da DGPC.

Segundo a mesma fonte, “os resultados desses exames e análises já foram comunicados à Fundação Dionísio Pinheiro”.

A avaliação sobre a autenticidade das peças existentes na Fundação Dionísio Pinheiro foi pedida em junho de 2014 pelo secretário de Estado da Cultura à Direção-Geral do Património Cultural, devido à polémica gerada pela exposição temporária de 14 gravuras, de uma coleção de quase 300, apresentadas como sendo do conhecido pintor, algumas das quais com o carimbo da Biblioteca Nacional de Paris.

Vários especialistas, entre eles Maria José Goulão, professora de História de Arte na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e Madalena Cardoso da Costa, que foi conservadora da Fundação, pronunciaram-se no sentido de que são meras reproduções.

Dionísio Pinheiro, um empresário natural de Águeda que “fez fortuna” e morreu sem descendentes, deixou em testamento, entre outros bens, a coleção de arte que de que as polémicas gravuras faziam parte, com a obrigação de ser feita uma fundação com o seu nome, onde as obras fossem expostas.

/Lusa

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