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“É uma grande notícia”. Marcelo congratula-se com a inclusão de Portugal no corredor aéreo britânico

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Toms Kalnins / EPA

O Presidente da República considerou esta sexta-feira como “uma grande notícia” a decisão do Reino Unido em retirar Portugal da lista de países, cujos cidadãos britânicos estão obrigados a fazerem quarentena quando regressem ao país.

“É uma grande notícia. Uma grande notícia para os senhores presidentes de câmara do Algarve, para muitos outros de outros pontos do país, mas é, em primeiro lugar, uma grande notícia para os 300 mil portugueses que vivem e trabalham no Reino Unido”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, em Portimão.

O Chefe de Estado falava aos jornalistas à entrada para um jantar de trabalho com os autarcas do Algarve, no concelho de Portimão, o sétimo desde o início de agosto.

Na opinião do Presidente da República, a abertura do corredor aéreo do Reino Unido com Portugal, é também “uma grande notícia para os quase 50 mil britânicos que vivem e gostam de viver em Portugal, para todos os que, pelo estudo, pelo trabalho e pelo turismo, que há muito desejariam deslocar-se de um país para o outro”.

Marcelo referiu várias vezes que “a grande notícia, é também para aqueles que esperavam e que vão ver agora satisfeita essa possibilidade, que é o caso do Algarve, de ver nos meses de setembro e outubro muitos britânicos a passarem aqui as suas férias”.

“Devo dizer que cumprimentaria aqueles britânicos que ousaram vir até ao Algarve, vindo por outro país e correndo o risco da quarentena e que tiveram mérito de esperar, apostar e ver os seus esforços de alguma maneira recompensados”, sublinhou.

O Presidente disse esperar que a Irlanda siga o exemplo do Reino Unido e retire Portugal da lista dos corredores aéreos de países de risco, devido à pandemia da covid-19.

O Reino Unido tinha antecedido a decisão irlandesa, há uma grande proximidade em pontos de vista nalguns aspetos e, portanto, espero que isso também se passe com a Irlanda”, referiu. Para Marcelo Rebelo de Sousa, “o passar-se com o Reino Unido, é tão importante e faz tanta diferença, que nem se imagina”.

“Faz tanta diferença aqui [no Algarve] como na Madeira, como no Porto e noutros pontos do território português, mas aqui no Algarve faz uma diferença brutal”, reforçou.

O Presidente considerou que esta decisão significa o caminho aberto para marcar férias e para toda a sociedade algarvia acelerar o caminho da recuperação económica.

Marcelo recordou ainda que nas nove visitas que faltam fazer ao Algarve, das 16 que prometeu fazer até ao final de outubro, ainda haverá a oportunidade “de ver algum resultado desta decisão britânica”.

Decisão esperada “há algum tempo”

Por sua vez, a Região de Turismo do Algarve disse esta quinta-feira a isenção de quarentena à chegada ao Reino Unido para viajantes de Portugal era esperada “há muito tempo” e faz “justiça” ao esforço do país para conter a pandemia de covid-19.

“É, antes de mais, uma boa notícia, pela qual já esperávamos há algum tempo, e é finalmente uma justiça que se faz a um destino que tem primado pela segurança e pela implementação de protocolos sanitários, pela capacidade de conter a pandemia”, afirmou o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), João Fernandes, à Lusa.

O responsável máximo do Turismo do Algarve considerou que a medida anunciada hoje pelo Reino Unido de incluir Portugal no corredor aéreo que isenta os viajantes de quarentena à chegada ao seu território “fazia todo o sentido para o país, e o Algarve em concreto, que é o principal destino dos britânicos em Portugal”, e agora é conseguido “finalmente esse reconhecimento”.

“Vem também acompanhar a possibilidade de companhias aéreas, operadores turísticos e agências de viagem ‘online’ reforçarem as suas operações, como canais de distribuição que nos fazem chegar os turistas, e é também a altura em que temos a decorrer várias campanha com estes parceiros, mas também como Channel 5, uma cadeia de televisão britânica com grande expressão no Reino Unido, com um programa dedicado à visita ao Algarve, e portanto vem com ‘timing’ perfeito”, acrescentou João Fernandes.

A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) classificou como “boas notícias” o levantamento pelo Reino Unido da quarentena imposta a viajantes procedentes de Portugal e lamentou só ter acontecido tarde.

“São boas notícias, penso que a medida peca apenas por tardia e lamentamos que a situação do levantamento destas restrições não tenha sido efetuada no início do mês de junho de modo a evitar um impacto tão negativo como tivemos nos meses de julho e agosto, que são os meses por excelência do turismo no Algarve”, afirmou à agência Lusa o presidente da AHETA, Elidérico Viegas.

O dirigente da associação empresarial algarvia salientou que a decisão, na segunda quinzena de agosto, pode ter é maior reflexo na época de golfe na região, que começa em setembro. “O mercado britânico representa em julho e agosto mais de um terço da procura total, não apenas nas ocupações e dormidas, mas ainda mais nas receitas, porque os britânicos fazem gasto per capita mais elevado. E a medida agora tomada vai contribuir sobretudo para que a estação de golfe, que se inicia no mês de setembro possa ter alguma perspetivas, esperando nós que os operadores turísticos ligados à atividade possam retomar as operações com normalidade”, acrescentou.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Com estas entradas em Portugal sem algum controle e com a Festa do Avante o país ira ter novamente o descontrolo da situação.
    Cuidado amigos o COVID 19 não é para brincar…

  2. Quem deveria estar na “lista negra” de Portugal seriam os ingleses, tal é o descontrolo da pandemia e os níveis contágio no UK. Infelizmente graças à calamidade pública de governo que temos e que o sr. Presidente tem apoiado e promovido, tal não é possível por causa das libras e euritos que os súbditos de Sua Megestade vêm cá gastar com o sol e o bed-n-breakfast.

  3. independentemente da ser boa ou ma noticia na verdade pais esta muito, muito dependente do turismo. A diversidade de economia e urgente e aconselhavel… e para que amanha haja oportunidades e necessario planear hoje e dar oportunidades as geracoes e nao uma maos cheia de nada ou as pessoas do centro de emprego e politicos aconselham a emigrar como solucao…foi ouvi varios anos ate que me aborecie e fui, emigrei para regalos desses malabaristas ….

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