Primeiro-ministro sueco admite: “o ChatGPT ajuda-me a tomar decisões”

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Ale-Mi/DepositPhotos

Ulf Kristersson, primeiro-ministro da Suécia.

“Não votamos no ChatGPT”, queixam-se os suecos: Ulf Kristersson “cedeu à psicose da IA”.

Quando Ulf Kristersson disse de passagem que usa ferramentas de inteligência artificial para obter “segundas opiniões” sobre decisões governamentais, talvez nunca pensasse que a controvérsia chegasse ao ponto que chegou.

O primeiro-ministro da Suécia admitiu, em entrevista ao jornal económico Dagens industri esta semana, que recorre ao ChatGPT e ao LeChat para avaliar abordagens políticas e comparar estratégias internacionais.

Rapidamente as declarações despoletaram preocupação em especialistas, políticos, nos media e na população e até no próprio setor da IA.

“Não votámos no ChatGPT”, lembra Virginia Dignum, professora de inteligência artificial na Universidade de Umeå no jornal Dagens Nyheter, frisando que estas plataformas não produzem ideias políticas originais, mas sim conteúdos moldados pelos padrões e preconceitos de quem as desenvolve.

O líder do executivo sueco “cedeu à psicose da IA”, avança por sua vez o editorial do Aftonbladet.

Em reação, o porta-voz de Kristersson, Tom Samuelsson, procurou clarificar que o primeiro-ministro não utiliza inteligência artificial para assuntos de segurança nacional ou decisões estratégicas. “Não se trata de informação sensível. É mais para ter uma estimativa ou perspectiva adicional”, explicou.

Esta não é a primeira vez que o famoso ChatGPT penetra a política nórdica. Em 2023, um discurso da primeira-ministra da Dinamarca foi escrito pelo chatbot, como forma de alerta social para a “fascinante e aterrorizadora” ferramenta.

“Mesmo não tendo acertado na mouche, tanto em termos de detalhes do programa de trabalhos do governo e na pontuação, é tanto fascinante como aterrorizador aquilo de que ele é capaz”, disse Mette Frederiksen, citada pelo Euractiv.

ZAP //

1 Comment

  1. Falta de massa encefálica dá nisto … E depois ainda dizem que os nórdicos é que são inteligentes! Se o fossem não tinham a taxa de suicídio que têm!

    Já agora, se os de Marrocos são marroquinos, porque não são os da Suécia suínos? Ou vice-versa!

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