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Afinal, os aviões não vão ter lotação reduzida a dois terços partir de junho

Os aviões deixam de ter lotação de passageiros reduzida, de dois terços, a partir de 1 de junho e passa a ser obrigatório o uso de “máscara comunitária” nas aeronaves, anunciou esta quinta-feira o Governo.

Num comunicado, o gabinete do ministro das Infraestruturas e da Habitação indica que “importa agora alinhar as regras nacionais pelas regras europeias no que toca ao transporte em aviação civil, em que uma estratégia europeia e internacional uniformes são fundamentais para a retoma do setor e da confiança dos passageiros”.

“Em termos internacionais, têm vindo a ser estudadas e propostas recomendações sobre um conjunto de medidas sanitárias de combate à epidemia SARS-CoV-2 no setor dos transportes aéreos e a limitação de capacidade das aeronaves não faz parte dessas recomendações”, refere o Governo, adiantando que “não se justifica, por isso, que Portugal as mantenha, prejudicando as companhias sujeitas à sua jurisdição”.

Na mesma nota, o executivo recorda que “a permanente avaliação nacional sobre a utilização de transportes públicos no decorrer da crise sanitária provocada pela pandemia covid-19 levou o Governo, num primeiro momento, a decretar uma redução da lotação de passageiros nos aviões” para dois terços.

Assim, com esta decisão do Governo fica revogada a portaria n.º 106/2020, datada de 2 de maio, com efeitos a partir do dia 1 de junho.

O setor da aviação é um dos mais afetados pela pandemia de covid-19, que já matou pelo menos 300.000 pessoas e infetou mais de 4,8 milhões em todo o mundo desde dezembro,.

A crise do novo coronavírus deverá privar o setor mundial de transporte aéreo de 252 mil milhões de dólares de receitas este ano, mais do dobro do previsto anteriormente (113 mil milhões dólares).

“Trata-se da crise mais profunda de sempre para a nossa indústria”, afirmou o diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), Alexandre de Juniac, durante uma conferência telefónica, apelando a governos para ajudarem quando se aproxima “uma crise de liquidez”.

“Precisamos desesperadamente de dinheiro”, adiantou.

ZAP // Lusa

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