Governo quer deter até 51% de nova fábrica de munições e criar mais de 100 empregos

Tiago Petinga / LUSA

O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo

O Governo quer participar entre 35 e 51% em futura fábrica de munições e criar mais de 100 postos de trabalho. A intenção foi expressada esta terça-feira pelo ministro da Defesa Nuno Melo.

Nuno Melo adiantou, numa audição na Assembleia da República, que o Governo pretende ter uma participação entre 35 a 51% numa futura fábrica de munições.

De acordo com o ministro da Defesa, o investimento deverá rondar os 45 milhões de euros e criar “mais de 100 postos de trabalho”.

“O que pretendemos é uma participação significativa entre 35% e 51%. A fábrica poderá estar operacional em mais ou menos três anos. O investimento esperado, supõe-se, será à volta de 45 milhões de euros, sendo que também há possibilidades de entregas em espécie, mas com uma criação de mais de 100 postos de trabalho”, adiantou Nuno Melo.

A localização da nova fábrica de munições ainda está por definir.

Em resposta a perguntas do Partido Socialista (PS), Nuno Melo começou por criticar “a forma precipitada” como os socialistas “geriam a coisa pública”, advertindo que este projeto não vai ser criado para “se transformar num buraco”.

“Nós queremos partir para projetos, mas suficientemente pensados, o que significa que nós não queremos uma fábrica de munições por uma fábrica de munições. Queremos uma empresa que seja capaz de criar munições, gerando lucro para que depois não se transforme num buraco para o Estado”, salientou.

O Governo espera uma recuperação do investimento entre cinco a dez anos, “tendo em conta um plano de negócios que está, obviamente, também a ser tratado”, adiantou Nuno Melo.

O ministro acrescentou que há um memorando de entendimento que está a ser trabalhado, um grupo técnico a analisar “detalhes logísticos”, e projetos a ser elaborados que serão apresentados “a seu tempo”.

“O nosso é o tempo que consideramos necessário para não garantirmos buracos ao Estado, porque, infelizmente, o Estado já tem que suportar suficientes buracos que depois geram prejuízo e não receita”, completou em nova ‘alfinetada’ ao PS.

ZAP // Lusa

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