“No Governo Passos não havia bufos na tutela da TAP”

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International Transport Forum / Flickr

Sérgio Monteiro, ex-secretário de Estado das Obras Públicas, durante o Governo de Passos Coelho.

O antigo secretário de Estado dos Transportes do Governo de Passos Coelho, Sérgio Monteiro, explica que a privatização da TAP era a única solução encarada, naquela altura, porque “uma injeção de fundos públicos estava fora de questão”. Além disso, atira que, nessa altura, não havia “bufos” na tutela da TAP.

Sérgio Monteiro foi ouvido pelos deputados da Comissão Parlamentar de Economia a pedido do PS. O antigo secretário de Estado dos Transportes, que integrava o Ministério da Economia que tinha a tutela da TAP, começou por sublinhar, na audição de sexta-feira, que “a TAP tinha uma situação crónica de subcapitalização por ser pública”.

“Pelas regras europeias, não era permitido o investidor público injectar capital sem dor, tal como os portugueses e os trabalhadores da TAP bem compreendem hoje que uma injecção pública veio com dores, com dinheiro e com cortes nos salários e na redução das condições de vida. Daí que era crítico privatizar“, apontou ainda Sérgio Monteiro aos deputados, como cita a Rádio Renascença (RR).

“Uma injeção de fundos públicos estava fora de questão”, pois “nunca é altura de brincar com o dinheiro dos portugueses“, referiu ainda.

O antigo secretário de Estado dos Transportes também fez questão de notar que “a relação com a tutela financeira não era uma relação de bufos, era de equipa”. “As equipas que trabalham, mas cada um assumia as suas responsabilidades, não são bufos”, vincou ainda.

“Eu e a secretária de Estado do Tesouro trabalhávamos todos os dias. A situação do país era tão difícil que nós estávamos de facto perfeitamente alinhados. Falávamos todos os dias a uma só voz“, concluiu em jeito de crítica ao actual Governo pelo desnorte nos incidentes mais recentes relacionados com a TAP, nomeadamente com o caso de Alexandra Reis.

ZAP //

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1 Comment

  1. «…Desde um extremo ao outro do espectro partidário português, estes partidos são todos iguais no seu conservadorismo de regime. Fingem se combater uns aos outros, só para enganar os Portugueses mais distraídos.
    Porém, estão alinhados, todos e ainda que em estilos diversificados, sob as mesmas batutas que controlam a imposição do sistema político-constitucional ainda vigente…» – Alberto João Jardim in «A Tomada da Bastilha»

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