O ministro italiano do desporto, Vincenzo Spadafora, disse esta sexta-feira que o Cristiano Ronaldo pode ter violado o protocolo de covid-19, ao vir para Portugal e ao regressar a Itália infetado pelo novo coronavírus.
O avançado da Juventus está assintomático, depois de ter tido um teste positivo ao novo coronavírus, e voltou a Turim na quarta-feira, num avião-ambulância privado, não tendo participado na vitória (3-0) de Portugal diante da Suécia, no encontro da quarta jornada do Grupo 3 da Liga A da Liga das Nações.
“Sim, eu acho que sim, se as autorizações específicas não foram dadas pelas autoridades de saúde”, referiu Vincenzo Spadafora, à Radio Uno, dizendo que o avançado luso poderá ter violado o protocolo também quando viajou para Portugal, numa altura em que Juventus estava em isolamento preventivo.
Também nesta sexta-feira, o presidente da Juve, Andrea Agnelli, remeteu esclarecimentos para as entidades competentes. “Não tenho o protocolo do governo, têm de ligar para o Ministério da Saúde e do Interior, que aplica as leis do Estado, e eles explicam o que foi violado, porque sinceramente não sei”, respondeu Agnelli, à comunicação social.
Na quarta-feira, a campeã italiana deu conta que Cristiano Ronaldo “regressou a Itália num voo médico autorizado pelas autoridades sanitárias competentes, a pedido do jogador, e continuará o seu isolamento em casa”.
Turim desmente
Por sua vez, a Autoridade de Saúde de Turim desmente as declarações de Spadafora.
Em declarações ao diário espanhol Tuttosport, Roberto Testiele, chefe do departamento de prevenção de Turim, explicou que o regresso de um infetado com covid-19 a Itália é possível desde que sejam cumpridas todas as regras.
“Existe a possibilidade de mudança de um país para outro para indivíduos positivos à covid-19, através de um voo médico com aviso ao departamento de saúde marítima, aérea e fronteiriça (USMAF). O trajeto do avião até casa deve de ser feito em ambulância particular. Estando assintomático, Ronaldo terá de ficar em casa durante dez dias, a contar desde o teste positivo”, explicou a mesma fonte, citada pelo portal Sapo 24.
E acrescenta: “Não foi necessária autorização para o regresso de Ronaldo, que não fez nem mais nem menos do que alguns jogadores das seleções nacionais quando se infetaram no estrangeiro. Utilizou voo médico devidamente autorizado pela ISMAF e não precisou de outra autorização”, disse, concluindoque Ronaldo violou os protocolos, não no regresso a Itália, mas na partida para Portugal.
O capitão da seleção portuguesa estava desde terça-feira em isolamento na Cidade do Futebol, em Oeiras, depois de ter testado positivo ao novo coronavírus.
Ronaldo estava no estágio da seleção portuguesa, depois de ter defrontado a Espanha (0-0), em jogo particular, em 0 de outubro, em Lisboa, e a França (0-0), no domingo, em Saint-Denis, para a Liga das Nações, tendo sido dispensado do encontro diante da Suécia.
ZAP // Lusa