O ministro Adjunto afirmou, esta quinta-feira, que o Governo está a avaliar uma redução das portagens para o interior do país no sentido de “contribuir para a competitividade da atividade económica” nessas regiões.
Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, Pedro Siza Vieira, foi confrontado pelos jornalistas com a manchete do Jornal de Notícias de hoje, que dá conta que o aumento das portagens castiga mais o interior do país, e questionado se o Governo prevê uma redução de portagens para estas regiões.
“Confirmo que, de facto, o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas está a fazer essa avaliação, sempre no sentido de contribuir para a competitividade da atividade económica no interior, na medida em que o objetivo do Governo é incentivar o investimento, como forma de criação de emprego e retenção e atração de populações. Essa é uma ferramenta que o Ministério do Planeamento e Infraestruturas está a ponderar”, adiantou o ministro Adjunto.
Pedro Siza Vieira começou por clarificar que “aquilo que se verificou recentemente foi uma atualização das tarifas de portagens que constam dos contratos de concessão de acordo com a inflação”, o que, na opinião do governante, “significa que em termos reais não houve nenhum aumento de portagens”.
“Em paralelo, o ministério do Planeamento das Infraestruturas encontra-se a avaliar a situação das portagens no interior, no sentido em que já quando se efetuou, no início do mandato deste Governo, uma redução de portagens para os transportes de mercadorias, se assumiu o compromisso de fazer a avaliação dessa matéria”, destacou.
Na terça-feira, a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) aprovou por unanimidade um voto de indignação pelo aumento de portagens nas antigas scut A23 e A25, de acordo com informações avançadas à agência Lusa pelo presidente desta entidade, Paulo Fernandes.
“Aprovámos um voto coletivo de indignação pelo aumento das portagens, bem como um pedido urgente de reunião ao senhor ministro do Planeamento e das Infraestruturas, porque, de facto, esta situação é um balde de água gelada relativamente às expectativas criadas”, referiu, após a primeira reunião do ano entre os presidentes dos 15 municípios que integram a CIM-BSE.
// Lusa
Se o preço por Km das ex-scut fossem iguais à A1 ou A5, já ajudariam o país.
É que o formato utilizador-pagador é uma vigarice, pois assim paga-se 3 vezes:
– O erário público paga à concessionária. E quanto menos veículos circularem, mais o estado lhes paga (são os lindos contratos);
– O trânsito que se desvia para as estradas nacionais (EN) prejudicam directamente as populações em poluição dentro das localidades, com mais acidentes e atropelamentos, danificam essas mesmas estradas e o tempo de circulação aumenta substancialmente. Todos perdem, excepto as concessionárias!
– quem utiliza paga novamente um valor que chega a ser o dobro da A1 ou A5.
Por fim, o país torna-se menos desenvolvido, especialmente porque certas zonas, especialmente mais do interior, são negativamente descriminadas, a avaliar às pseudo-alternativas das EN e os preços das auto-estradas.