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Governo escolhe Sampaio da Nóvoa para embaixador na UNESCO

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Eduardo Costa / Lusa

António Sampaio da Nóvoa, candidato às Presidenciais de 2016

António Sampaio da Nóvoa é o nome escolhido pelo ministério dos Negócios Estrangeiros para ser o próximo embaixador de Portugal na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, UNESCO.

A escolha do Governo foi revelada esta sexta-feira pelo jornal Público e confirmada pela RTP: o ex-candidato à presidência da República António Sampaio da Nóvoa é o próximo embaixador de Portugal na UNESCO.

Desde o tempo da troika que Portugal não tinha um diplomata em exclusivo na agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

A nomeação de Sampaio da Nóvoa acontece depois de Portugal ter sido eleito até 2021 para o conselho executivo da organização, e de a semana passada o ex-reitor, que não tem experiência na diplomacia, ter mostrado abertura para uma nova candidatura presidencial.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considerou hoje que a escolha de António Sampaio da Nóvoa se deveu, entre outras razões, ao facto de o ex-reitor ser “uma autoridade internacionalmente reconhecida” na Educação.

“Portugal foi eleito no mês de novembro para o conselho executivo da UNESCO e, para o Governo, e isso tem como consequência óbvia a reabertura da nossa representação permanente na UNESCO”, salientou o ministro, recordando que a representação tinha sido “suspensa no tempo da Troika”.

Desde essa altura “era o embaixador em França que acumulava as funções de representante junto da UNESCO”. Para Augusto Santos Silva, o convite do Governo ao professor António Sampaio da Nóvoa assentou em “três razões essenciais”.

“A primeira é que o professor é uma autoridade internacionalmente reconhecida nos domínios da Educação, quer do ponto de vista analítico (da história da Educação) como do ponto de vista técnico, no apoio às politicas públicas na Educação. Portanto é uma autoridade internacional numa das áreas fundamentais na missão da UNESCO”, salientou o chefe da diplomacia portuguesa.

A segunda razão, acrescentou, é que o Executivo entende que Sampaio da Nóvoa “combina a sua experiência como académico e perito nas áreas da Educação e da Ciência” com uma experiência “não menos relevante de gestão e direção em instituições culturais, científicas e académicas”, nomeadamente como reitor durante vários mandatos reitor da Universidade de Lisboa.

A terceira razão é que o conhecimento que Sampaio da Nóvoa tem da própria atividade da UNESCO, organização para a qual tem trabalhado como perito, recordou.

“Estas três razões levaram-nos a convidá-lo para assumir as funções de representante permanente. Com muito agrado nosso, ele aceitou o nosso convite”, disse Santos Silva, sublinhando que “está em curso o seu processo de nomeação”.

O ministro afirmou que a nomeação de Sampaio da Nóvoa para embaixador da UNESCO dá continuidade “à tradição portuguesa” de apenas em casos muitos raros designar para o cargo de embaixadores personalidades que não são diplomatas.

“A tradição portuguesa – que é muito boa e que este governo continua – é a de só designar muito raramente embaixadores que não são diplomatas, como é este caso, e para organizações internacionais de cunho predominantemente técnico”, disse Santos Silva.

Pela UNESCO passaram “embaixadores ditos políticos” como Maria de Lurdes Pintassilgo, José Augusto Seabra, Manuel Maria Carrilho, e em breve António Sampaio da Nóvoa.

// Lusa

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