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Governo confirma problemas informáticos no SNS. “Absoluta catástrofe”, aponta a Ordem

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Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) confirmaram esta sexta-feira a existência de problemas nos sistemas de informação do Serviço Nacional de Saúde, adiantando que o problema está a ser acompanhado no terreno por técnicos para resolver a situação.

“Nos últimos dias ocorreram alguns problemas nos sistemas de informação centrais do Ministério da Saúde que provocaram, em alguns momentos, instabilidade na utilização dos mesmos, condicionando o trabalho dos profissionais e das instituições de saúde sobretudo ao nível dos Cuidados de Saúde Primários”, afirmam os SPMS em comunicado.

Segundo os SPMS, estes constrangimentos registaram-se, sobretudo, na prescrição de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, resultante do crescimento exponencial do projeto dos Exames Sem Papel.

“Diariamente são prescritos mais de 91.703 Exames. Ontem [quarta-feira], apesar dos constrangimentos registados, o número de Receitas Sem Papel emitidas manteve-se e o número dos Exames Sem Papel chegou aos 27% do total nacional. Estes números exigem alterações e melhorias constantes nos sistemas de informação para garantir o crescimento sustentável deste projeto”, afirmam no comunicado.

O esclarecimento dos serviços partilhados surge na sequência de denúncias feitas pela Ordem dos Médicos e pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), em que alertavam para “o caos” que esta situação está a causar nos centros de saúde e hospitais, e que levaram hoje o Bloco de Esquerda a questionar o Ministério da Saúde.

“Absoluta catástrofe”

Em declarações à TSF, o presidente da secção centro da Ordem dos Médicos explicou no dia que ontem que este não é um problema novo, mas que se agravou os últimos dias, considerando que foram ultrapassados os “limites da decência”.

“Aquilo que está a acontecer neste momento com os sistemas informáticos que são colocados pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde no SNS é uma absoluta catástrofe. Todos os programas estão a funcionar mal”, garante Carlos Cortes.

“Neste momento já ultrapassámos todos os limites da razoabilidade. Estes programas informáticos estão a prejudicar os cuidados de saúde”, alertou ainda.

ZAP //

1 Comment

  1. Esses técnicos não sabem informar quem de direito que se existe aumento de informação a tratar, a capacoidade dos sistemas também tem de aumentar exponencialmente? C’a raio de “especialistas” são esses? Ou o governo não quer gastar dinheiro nas actualizações e expansão dos sistemas porque tem de dá-lo à banca falida?

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