Governo da Alemanha caiu. CDU favorita para as eleições

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Filip Singer / EPA

Olaf Scholz abandona votação de moção de confiança

Moção de confiança foi votada no Bundestag e, como se esperava, foi chumbada. Derrota de Scholz, eleições antecipadas.

Não houve surpresas: foi chumbada a moção de confiança que Olaf Scholz apresentou no Parlamento.

A votação foi realizada nesta segunda-feira e, como se esperava, os deputados no Bundestag chumbaram a moção: 394 deputados a votar contra, 207 a favor, 116 deputados abstiveram-se.

Derrota do chanceler e eleições antecipadas, em princípio no dia 23 de Fevereiro.

Olaf Scholz já propôs a dissolução do parlamento ao presidente Frank-Walter Steinmeier, no Palácio de Bellevue (Berlim). O presidente Steinmeier tem 21 dias para anunciar a sua decisão mas já deixou um sinal, em Novembro, de que vai mesmo dissolver o parlamento.

Este desfecho já era aguardado desde o início de Novembro, quando chanceler Olaf Scholz demitiu o ministro das Finanças, Christian Lindner – que também é líder do FDP, o partido liberal que integrava a coligação que forma o governo. Há muito que eram visíveis as divergências dentro da coligação sobre economia e o futuro da Alemanha.

O que se segue

Ainda há algumas etapas antes desse dia do provável acto eleitoral, como destaca o Handelsblatt.

Já amanhã, terça-feira, os principais partidos vão decidir os seus programas eleitorais; a 11 de Janeiro o SPD anuncia o seu candidato a chanceler – que deve ser Olaf Scholz, de novo; a 30 de Janeiro as propostas eleitorais ficam fechadas e a impressão dos boletins de voto pode começar (se houver papel).

Fevereiro será o mês dos debates televisivos; dois deles entre os maiores candidatos a chanceler, Olaf Scholz e Friedrich Merz.

Friedrich Merz, da CDU, aparece como o candidato favorito às próximas eleições. O líder da União Democrata Cristã (CDU, que era liderada por Angela Merkel) deverá virar a Alemanha para a direita, a nível político: tem 30% das intenções de voto nas sondagens.

A segunda força política poderá ser a extrema-direita da Alternativa para a Alemanha (AfD), para já ronda os 19%. Só depois surge o SPD, de Scholz, com 16%.

ZAP //

1 Comment

  1. A possibilidade de a AfD ser a força eleitoral vencedora é elevada – obviamente, as sondagens desvalorizam os partidos mais “incómodos – e os ventos que sopram da América são bem favoráveis à queda dos velhos gigantes agora anões… quem é que ainda acredita na “grandeza das nações”? So geht Deutschland unter!

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