Governo adia conferência de imprensa sobre voto dos eleitores em isolamento. Faltava o parecer da PGR

Miguel A. Lopes / Lusa

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem

A conferência de imprensa da ministra da Administração Interna sobre o voto dos eleitores em isolamento, prevista para o final da tarde desta terça-feira, foi adiada porque o parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda não tinha chegado às mãos do Governo.

O parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o voto dos eleitores em isolamento ainda não é publicamente conhecido.

Segundo o Público, o Governo já conhece a deliberação mas, como até às 20h30 desta terça-feira ainda não tinha recebido o documento, a ministra da Administração Interna decidiu adiar a conferência de imprensa.

Na tarde desta terça-feira, o Ministério da Administração Interna (MAI) anunciou que Francisca Van Dunenm daria, por volta das 19h, uma conferência de imprensa sobre o voto dos eleitores em isolamento com a presença do secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, e da Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas.

Mais de uma hora depois os assessores de imprensa do MAI avisaram os jornalistas de que a conferência de imprensa tinha sido adiada porque o parecer do Conselho Consultivo da PGR não tinha chegado.

Segundo fonte do MAI, o Conselho Consultivo da PGR reuniu-se esta terça-feira e deliberou sobre o parecer, mas o documento ainda não chegou às mãos do Governo.

A Lusa diz que a nova conferência de imprensa ainda não tem nova data marcada, mas a TSF avança que se realizará esta quarta-feira.

O Governo pediu um parecer ao conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República para saber se o isolamento no quadro da covid-19 impede o exercício do direito de voto ou se poderá ser suspenso para esse efeito.

No dia 10 de janeiro, a ministra da Administração Interna disse que o parecer urgente pedido pelo Governo à PGR “versa sobre duas dimensões específicas”: “a forma de compatibilizar direitos constitucionais que são aqui conflituantes, por um lado, o direito ao sufrágio, depois, por outro lado, a proteção da saúde pública”.

“Uma segunda dimensão: o de saber se no exercício do direito que tiver preponderância se pode ou não haver algumas limitações e, em caso afirmativo, quais”, acrescentou.

O Governo aguarda assim por este parecer para tomar “as iniciativas adequadas”.

ZAP // Lusa

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