As instituições de ensino superior vão poder destinar ao regime geral de ingresso as vagas que não forem usadas nos concursos especiais, permitindo um aumento de cerca de 4 mil vagas.
As universidades e institutos politécnicos vão poder atribuir vagas destinadas aos alunos internacionais a candidatos através do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, anunciou hoje a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa.
A medida, anunciada durante a conferência de imprensa sobre a reunião de hoje do Conselho de Ministros, foi justificada pelo elevado número de candidatos no concurso nacional e, por outro lado, pela expectável diminuição de estudantes internacionais.
“Tivemos no concurso nacional de acesso o maior número de candidatos desde há muitos anos e, por isso, o Governo resolveu que as instituições de ensino superior podem usar essas vagas para o concurso geral de acesso”, explicou a ministra Mariana Vieira da Silva.
De acordo com o jornal Público, são cerca de 4.000 novos lugares que podem ser ocupados no concurso que está a decorrer.
A primeira fase do concurso ao ensino superior terminou no domingo com 62.675 candidatos, o valor mais alto desde 1996. O número de candidatos supera as 51.408 vagas disponíveis para o ensino superior público. Assim, cerca de 11 mil estudantes correm o risco de não entrar em nenhuma instituição.
No comunicado divulgado após o Conselho de Ministros lê-se que serão adotadas medidas excecionais durante a pandemia para reforçar “o número de vagas no regime geral de acesso ao ensino superior”.
Assim, as instituições de ensino superior vão poder destinar aos alunos nacionais que se candidataram ao concurso de acesso as vagas que habitualmente estão destinadas ao concurso especial para os estudantes internacionais.
As quebras de procura dos alunos estrangeiros chegam, em algumas instituições, aos 50%. O Governo procura que estas vagas que não tenham sido ocupadas em todos os concursos especiais sejam usadas por cerca de 4 mil dos quase 63 mil que se candidataram este ano. As colocações são divulgadas a 28 de setembro.
ZAP // Lusa
Falta agora arranjar maneira de esses 62.000 alunos lá chegarem conseguindo redigir uma frase sem erros ortográficos e/ou gramaticais. Já não peço que tenham a capacidade de organizar ideias e serem capazes de articulá-las de molde a produzirem um texto coerente, com princípio, meio e fim. E nem tenho a ousadia de pedir que venham munidos das mais elementares competências em matéria de juízo e interpretação crítica, não apenas do que é leccionado, mas também do mundo que os rodeia.
Um exemplo: No ano lectivo de 2018/2019, tendo-me apercebido numa turma que os alunos desconheciam o nome do Ministro das Finanças, que já o era desde há 3 anos, resolvi fazer um inquérito a todos os demais. Resultado? 3 respostas certas em 220 alunos… E desabafei, manifestando a minha surpresa e desagrado pela falta de interesse sobre as coisas que nos rodeiam, que não estava a pedir os nomes dos presidentes dos conselhos de administração dos cinco maiores bancos a operar em Portugal ou das empresas que integram o PSI20. Resultado? Tive de explicar o que é o PSI20, indicar quais os referidos bancos e respectivos presidentes dos CA, explicar que com excepção da CGD que é do Estado, todos os outros são de capitais estrangeiros, etc., etc., etc.
Palavra que não sei o que é que se passa no Ensino Secundário. Mas que a PGA faz falta, lá isso faz… E, parafraseando o outro com igual indignação: “e esta gente vota!!!”