A GNR tem mais de cem automóveis parados há mais de um mês nas instalações da Escola da Guarda, em Queluz. As viaturas estão imobilizadas desde o início de maio.
A Associação Nacional de Sargentos da Guarda (ANSG) disse ao Jornal de Notícias, que avança a notícia esta quinta-feira, temer que o atraso relativo à entrega da centena de veículos aos respetivos postos territoriais — muitos deles com falta de veículos para serviços básicos — se deva a um “número político” pensado para ano de eleições.
A mesma associação considera “lamentável” que o espaço em questão esteja a ser usado enquanto “entreposto automóvel”.
Já o Ministério da Administração Interna (MAI) esclareceu ao mesmo jornal que os carros estão a ser avaliados para “garantir a conformidade com o caderno de encargos”, assegurando que os veículos serão disponibilizados já na próxima semana aos guardas, após a instalação do sistema de comunicação (entre outros equipamentos).
Ao todo, há 226 viaturas distribuídas pelas paradas e outros locais da Escola da Guarda. São todas novas, a maioria está decorada com as cores típicas da GNR, mas também há carros descaracterizados para colocar ao serviço dos diversos núcleos de investigação. Segundo o MAI, além dos mais de cem carros parados há mais de um mês, 105 viaturas chegaram na segunda-feira à Escola da Guarda e outras 18 na terça-feira.
Porém, esta explicação não convence diferentes responsáveis e entidades da GNR. Numa altura em que há notícias frequentes sobre a falta de carros nos postos territoriais, devido a avarias causadas pelo elevado número de quilómetros e estragos por acidentes rodoviários, quase todos estranham que mais de cem viaturas estejam guardadas há mais de um mês.
Fontes do JN garantem que os 103 carros foram parqueados em Queluz nos primeiros dias do mês passado e dali nunca mais saíram.
É mais que evidente que se prepara um teatrinho.
Não é preciso 1 mês para verificar se TODOS os automóveis são conformes, basta verificar alguns, por cada modelo, se os há diferentes.