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As girafas são socialmente tão complexas como os elefantes

Cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, descobriram evidências de que as girafas são uma espécie altamente complexa a nível social.

De acordo com o site EurekAlert!, os investigadores demonstraram que as girafas passam até 30% das suas vidas num estado pós-reprodutivo. Isto é comparável a outras espécies com estruturas sociais altamente complexas, tais como os elefantes e as orcas.

Nestas espécies, foi demonstrado que a presença de fêmeas na pós-menopausa oferece benefícios de sobrevivência aos seus descendentes. No caso dos mamíferos – e incluindo nós humanos –, esta situação é conhecida como a “hipótese da avó”, que sugere que as fêmeas vivem muito depois da menopausa para poderem ajudar a criar as seguintes gerações, garantindo assim a preservação dos seus genes.

Os cientistas da Universidade de Bristol, cujo estudo foi publicado, esta segunda-feira, na revista científica Mammal Review, propõem que a presença de fêmeas adultas pós-reprodutivas também pode funcionar da mesma maneira.

“Este artigo reúne todas as evidências para sugerir que as girafas são, na verdade, uma espécie social altamente complexa, com sistemas sociais complexos e de alto funcionamento, potencialmente comparáveis aos elefantes, cetáceos e chimpanzés”, afirma uma das autoras do estudo, Zoe Muller.

“Espero que este estudo estabeleça um limite, a partir do qual as girafas passarão a ser consideradas mamíferos inteligentes e que vivem em grupo, que desenvolveram sociedades complexas e altamente bem-sucedidas, o que facilitou a sua sobrevivência em ecossistemas cheios de predadores”, acrescentou.

Além disso, Muller alerta que “reconhecer que as girafas têm um sistema social cooperativo complexo e que vivem em sociedades matrilineares irá aumentar a nossa compreensão da sua ecologia comportamental e as suas necessidades de conservação“.

ZAP //

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