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Gigantes da moda proibem tamanhos pequenos e modelos menores de 16 anos

Os gigantes de luxo que representam grandes nomes da moda como Gucci, Saint Laurent, Vuitton e Dior, adotaram uma carta de princípios que proíbe o uso de roupas muito pequenas e o recurso a manequins menores de 16 anos.

Na véspera da Semana da Moda de Nova Iorque, os gigantes da moda apresentaram publicamente uma carta de princípios sem precedentes.

Depois de diversas polémicas sobre o tema, esta “Carta das Relações Laborais e Bem-Estar dos Manequins” proíbe o tamanho 32 usado por alguns criadores e define que “nenhum modelo com menos de 16 anos será recrutado para participar de desfiles ou sessões de fotos que representem adultos”.

“Nós queríamos ir rápido e fazer com que as coisas realmente mudassem, tentando que os outros atores da moda, na medida do possível, nos sigam”, afirmou à agência France Presse o presidente do gigante de luxo Kering, François-Henri Pinault.

Antoine Arnault, membro do concelho de administração da LVMH e filho do presidente da empresa, Bernard Arnault, congratulou-se com a carta que “realmente impõe uma mudança”.

Em 2015, a França tinha proibido modelos demasiado magras. A chamada emenda Véran, em referência ao deputado socialista que a elaborou, foi aprovada a 3 de Abril, no âmbito de um projeto de Lei sobre a Saúde, e “proíbe o exercício da atividade de modelo a todas as pessoas cujo índice de massa corporal seja muito baixo.

Aprovada com a oposição dos Partidos União Por um Movimento Popular (UMP) e União dos Democratas e Independentes  (UDI) e a reserva dos ecologistas, a emenda teve o apoio da ministra da Saúde Marisol Touraine que manifestou como “preocupante” a presença de modelos demasiado magras nos desfiles de moda.

No âmbito desta nova regulamentação, os responsáveis das Agências de Modelos que empreguem profissionais que não cumpram as normas da interdição são punidos com penas de prisão até 6 meses e multas até 75 mil euros.

O objetivo da medida é ter um “efeito regulador” para o setor da moda, conforme salienta o seu criador, Olivier Véran, citado pelo Le Monde.

A par desta emenda contra modelos muito magras, o Parlamento francês definiu ainda, na altura, que os retoques de Photoshop nas fotografias usadas em publicidades devem ser devidamente sinalizados.

Em dezembro do mesmo ano, o Parlamento francês aprovou ainda uma lei que obrigava as modelos a apresentar atestado que comprovasse estarem saudáveis.

// Lusa

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