Os seus gatos estão a brincar ou a lutar? Eis como saber

Investigadores consideraram que se justificava dar mais informações aos cuidadores sobre como lidar com os seus amigos de quatro patas.

Se há coisa que os gatos adoram fazer é lutar, ao ponto de o fazerem como diversão. Não raras vezes acabam por deixar os seus donos confusos, sem saber qual é a linha que separa o diversão de uma interação mais intensa que acabe por prejudicar a integridade física (e de tudo o que esteja à volta) dos animais.

Com o objetivo de alcançarem mais explicações, um grupo de cientistas desenvolveu um novo estudo centrado nos comportamentos mais comuns registados entre estes animais, precisamente quando estes estão a brincar ou a lutar de forma mais agressiva.

No centro das explicações estava a distinção entre uma brincadeira mais física e um estado de agonia, decorrente das lutas.

Uma das ressalvas feitas pelos cientistas foi a de que é mais difícil distinguir os dois comportamentos quando estes se misturam, ou seja, quando os gatos estão a brincar e, repentinamente, um decide que já não quer continuar e passa a ter um comportamento mais agressivo.

Ainda assim, consideraram que se justificava o esclarecimento, de forma a dar aos seus cuidadores mais dicas de como lidar com os seus amigos de quatro patas.

“Uma interpretação correta e bem-sucedida das interpretações sociais entre os gatos é uma parte importante das exigências do bem-estar dos animais que co-habitam na mesma residência e ajuda a reduzir o risco de comportamentos não desejáveis, como é o caso da sujidade da própria habitação”, explicaram os autores.

De forma a obterem uma representação clara dos vários tipos de lutas entre gatos, os investigadores observaram 105 interações entre os animais e classificaram-nas em três categorias: lúdico, intermédio ou agoniante.

A categorização seguiu dois critérios. Primeiro, os investigadores monitorizaram a frequência e a duração de seis elementos-chave do comportamento dos gatos. Em segundo lugar, estes foram avaliados por especialistas.

Os resultados evidenciam que não só existem comportamentos consistentes entre os grupos caracterizados como lúdicos, intermediários e agoniante, mas também que as duas abordagens de categorização de cada interação culminaram em resultados semelhantes.

Isto significa que os investigadores foram capazes de identificar comportamentos comuns entre os gatos que lutavam por diversão, aqueles que estavam algures no meio, e aqueles que estavam a fazê-lo a sério.

Aqueles que lutavam com falhas nos grupos intermediários tendiam a imitar de forma mais semelhante os comportamentos do grupo brincalhão, embora exibissem traços tanto de casais de gatos brincalhões como agoniados.

“[As nossas descobertas] fornecem valiosas provas práticas que podem ser utilizadas para ajudar os proprietários a detetar sinais de tensão entre gatos nas suas fases iniciais”, concluíram os autores, citados pelo IFL Sciene.

“É de esperar que a deteção precoce e a apresentação a um profissional de comportamento clínico tenha mais probabilidades de resultar numa gestão bem sucedida da relação e evitar questões importantes que possam levar à renúncia e/ou eutanásia de um ou ambos os gatos”.

ZAP //

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