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Três em cada quatro trabalhadores que ganham menos de 500 euros são mulheres

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World Bank Photo Collection / Flickr

Estudo mostra que, em Portugal, três em cada quatro trabalhadores com salários inferiores a 500 euros são mulheres. Por outro lado, maior parte dos salários acima dos 3.500 euros são de homens.

Um estudo realizado pela consultora britânica Polar Insight sobre a flexibilidade do trabalho em Portugal prova que, em média, as mulheres ganham menos do que os homens. Cerca de 75% dos trabalhadores com salários abaixo dos 500 euros são mulheres, revelam os dados do estudo.

Os homens dominam também no que toca a salários superiores a 3.500 euros, com praticamente oito em cada dez destes rendimentos a pertencerem a trabalhadores do sexo masculino. Às discrepâncias salariais reveladas juntam-se as poucas responsabilidades das mulheres e as dificuldades em mudar de horário de trabalho.

Estas condições verificaram-se em homens e mulheres com a mesma formação académica.

Ambos os géneros procuram uma maior flexibilidade no horário, por falta de tempo para si mesmos ou para estarem com a família. Contudo, “o trabalhador flexível é maioritariamente do género masculino, com idade acima dos 46 anos, rendimentos elevados, a trabalhar em grandes empresas, com responsabilidades de coordenação de pessoas”, conclui o estudo.

A única situação em que as trabalhadoras têm mais facilidade em trabalhar fora de casa é quando declaram “ter outras pessoas a cargo, como bebés, crianças, idosos e doentes”, refere o documento, citado pelo Diário de Notícias.

O panorama em Portugal não se mostra favorável e, de acordo com a Polar Insight, apenas um em cada cinco portugueses diz que é recompensado pelo trabalho suplementar.

A falta de flexibilidade dos horários é um dos aspetos mais frisados pela consultora britânica, que explica que cerca de metade dos portugueses tem horários fixos de entrada e saída.

A cultura de presentismo das empresas, que exigem que os empregados estejam presentes no local de trabalho, continua a ser um dos fatores que mais contribui para esta problemática.

Todavia, James Tattersfield, fundador e diretor-geral da Polar Insight, diz que há uma luz ao fundo do túnel para os portugueses. “Nos próximos dez anos, haverá mudanças sistémicas em todos os setores. O meu conselho é que se incentive a flexibilidade hoje para antecipar o futuro”.

ZAP //

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4 Comments

  1. Se o salário mínimo são 600€ como ganham 500?..
    E não fala das mulheres que tiveram um colinho?! Das que tiveram testes de admissão mais fáceis para mesmo serviço?!..Em que foram exigidos testes mt mais exigentes ao homem, só por serem homens?!.. É que tb há homens rápidos e lentos, fortes e frágeis, mas não vejo colinhos para esses mais desprotegidos… Será que o serviço depois reconhece que são mulheres e lhes facilita a vida?! É uma mulher!.. vou correr mais devagar ou vou exigir menos força! Certamente que não, mas essa discriminação existe e persiste! Pois o merito nesta ditadura feminista e misandrica não vale nada!

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