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G7: Macron e Trump com “elementos de convergência” sobre Amazónia, Irão e comércio

Ian Langsdon / EPA

O Presidente francês, Emmanuel Macron, conversou este sábado com o Presidente norte-americano, Donald Trump, durante o almoço, que durou duas horas, sobre “elementos de convergência” relativos ao comércio, ao Irão e aos fogos na Amazónia, indicou a presidência francesa.

Este encontro decorreu no dia em que arranca a cimeira das grandes potências industriais (G7) em Biarritz, França.

Num almoço “improvisado”, o Presidente francês “criou as condições para um bom nível de convergência dentro do grupo (G7), obtendo esclarecimentos de Donald Trump” sobre os principais temas do G7, o que inclui “acordos e desacordos”, precisou o Eliseu antes da abertura oficial da cimeira.

No final do almoço, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou a rede social Twitter para escrever que tinha almoçado com Emmanuel Macron, tendo depois de corrigir o apelido do Presidente francês.

Há muitas coisas boas a acontecer nos dois países. Um grande fim de semana com outros líderes mundiais”, afirmou Trump no Twitter.

Sobre o Irão, Donald Trump “confirmou que não queria uma guerra, mas um acordo”, segundo o Eliseu.

Macron apresentou a Trump a opção de permitir a Teerão, “por um período limitado, uma parte do seu petróleo”, em troca de regressar ao compromisso de não proceder ao enriquecimento de urânio tendo em vista armas nucleares.

Sobre a Amazónia, também foram encontrados “elementos de convergência importantes” e Emmanuel Macron assegurou que não pretende “fazer uma política anti-Bolsonaro, mas uma política útil”.

Detidos por protestos

Um total de 68 pessoas foram este sábado detidas nos protestos contra a cimeira do G7, das grandes potências industriais, que decorre em Biarritz, no sudoeste da França, divulgaram as autoridades locais.

Do total, 38 ficaram detidos na esquadra, refere o departamento policial dos Pirenéus Atlânticos, numa mensagem enviada à Efe.

Em causa está a participação em concentrações organizadas com fins violentos, a posse de objetos suscetíveis de serem utilizados como armas, a ocultação do rosto para não poderem ser identificados e o lançamento de projéteis contra as forças policiais.

A maior agitação social teve lugar ao final do dia no centro de Baiona, a poucos quilómetros do local onde começava a cimeira, quando algumas centenas de pessoas se concentraram numa manifestação para a qual não tinha sido pedida autorização.

O confronto entre os manifestantes e as forças de segurança levaram estas últimas a responder com gás lacrimogéneo, canhões de água e cargas policiais.

O dispositivo de segurança francês para a cimeira do G7 – que termina na segunda-feira – é composto por 13.200 polícias, aos quais é preciso somar os mobilizados em Espanha, do outro lado da fronteira, com o Corpo Nacional de Polícia e as polícias autonómicas basca e navarra.

O Presidente de França, Emmanuel Macron, recebeu hoje na estância balnear do sudoeste do país os dirigentes dos Estados Unidos, Donald Trump, Reino Unido, Boris Johnson, Alemanha, Angela Merkel, Itália, Giuseppe Conte, Canadá, Justin Trudeau, e Japão, Shinzo Abe.

Em Biarritz estão também presentes o presidente do Conselho da União Europeia (UE), Donald Tusk, e vários chefes de Estado e de Governo convidados pela Presidência francesa, entre os quais o indiano Narendra Modi, o egípcio Abdel Fattah al-Sisi, o chileno Sebastian Piñera, o ruandês Paul Kagame ou o senegalês Macky Sall.

O programa inicia-se com um jantar, este sábado, e termina com uma conferência de imprensa final, na segunda-feira à tarde.

// Lusa

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