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Afinal, futuro da Efacec continua em águas de bacalhau. Prejuízos já ultrapassam os 310 milhões

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António Cotrim / Lusa

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva.

O futuro da Efacec continua por decidir. Afinal, o Conselho de Ministros não resolveu nada quanto ao futuro comprador da empresa que está em dificuldades financeiras e que vai ser reprivatizada.

“O Conselho de Ministros não tomou nenhuma decisão em relação à Efacec”, anunciou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no final da reunião desta quinta-feira, sublinhando que o assunto “nem constava da agenda”, ao contrário do que foi noticiado.

Antes da reunião, avançou-se que o Governo já teria escolhido o Fundo alemão Mutares entre as quatro candidaturas apresentadas, descartando, assim, as propostas dos Fundos Oxy e Oaktree, e do consórcio Visabeira/Sodecia.

Porém, nada foi decidido afinal e continua em “águas de bacalhau” o processo de reprivatização da empresa.

A Efacec foi nacionalizada em 2020, no seguimento do escândalo “Luanda Leaks“, com os 71,73% da empresária angolana Isabel dos Santos a passarem para o Estado português.

Desde então, a empresa vem acumulando dívidas e prejuízos – e está, basicamente, ligada às máquinas. A cada dia que passa, a situação da Efacec vai piorando e a exposição do Estado no negócio vai também aumentando.

A Efacec já recebeu do Estado, entre injecções financeiras e garantias, cerca de 250 milhões de euros. E conforme o modelo de reprivatização seguido, o Estado pode ser chamado a investir mais na empresa.

Desde que está nas mãos do Estado, “a Efacec já acumulou prejuízos que ultrapassam os 310 milhões de euros, contando com os 52,8 milhões contabilizados no exercício de 2022, que somam aos 183,9 milhões registados no ano anterior e aos 73,4 milhões em 2020″, como adianta o Jornal de Negócios.

Em 2022, a empresa fechou em falência técnica.

ZAP //

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2 Comments

  1. Nacionalizar a Efacec para quê? Está mais que provado que o Estado é um mau gestor deste tipo de negócios. Para quê injectar dinheiro de todos nós num navio furado e sem rei nem roque? O dinheiro não é deles, é nosso e não lhes custa ganhá-lo.

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