As prospeções de gás natural em Aljubarrota e em Pombal, já anunciadas para 2019 serão feitas em terrenos de “elevada sensibilidade arqueológica”, apontam os estudos de Impacto Ambiental (EIA) das duas explorações, em discussão pública desde quarta-feira no portal Participa.
De acordo com o jornal Público, que revela esta quinta-feira a situação, a epxploração de gás – a cargo da empresa Australis Oil & Gas -, vai abranger cerca 2510 quilómetros quadrados onshore – em terra – na Bacia Lusitânica, e deverá ter a “duração máxima de dez meses de trabalho de campo”.
De acordo com os relatórios, os impactos mais significativos da prospeção estão relacionados com o facto de o local escolhido fazer parte de um território de “elevada sensibilidade arqueológica e espeleo-arqueológica”.
“As fontes documentais dão nota da existência de vestígios de ocupação humana desde períodos bastante remotos a céu aberto e em gruta”, lê-se nos EIA.
No caso particular da exploração de Aljubarrota, nota o matutino, o facto desta estar próxima a locais com “imóveis classificados e em vias de classificação ou outros monumentos, sítios e áreas protegidas por lei” pode “condicionar a configuração ou a execução do projeto”.
“A diversidade e a abundância de vestígios arqueológicos, arquitetónicos e etnográficos registados numa área alargada à volta da área de implantação do projeto indiciam uma elevada sensibilidade arqueológica”, frisam ainda os documentos.
Os estudos de Impacto Ambiental das duas prospeções de gás ficam em consulta pública até ao próximo dia 27 de novembro.