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Fundadores do PAN apoiam candidatura de Inês Sousa Real à liderança

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João Relvas / Lusa

Os fundadores do PAN António Santos, Pedro Taborda e Fernando Leite apoiam a lista liderada pela líder parlamentar, Inês Sousa Real, à Comissão Política Nacional do partido, anunciaram hoje aqueles militantes.

António Santos, filiado número um do partido, disse à Lusa que a “posição dos três fundadores do PAN, após um conjunto de consultas e reflexão, é de apoio a Inês Real”.

“O PAN é maior que todos nós e deve perdurar no tempo! Confiamos nas capacidades da equipa da Inês Sousa Real para realinhar o PAN com a sua ideologia e posição da sociedade”, acrescentou, numa curta nota.

A líder parlamentar do Pessoas-Animais-Natureza, Inês Sousa Real, anunciou a sua candidatura a porta-voz no dia 20 de março e na segunda-feira apresentou a lista da sua candidatura à direção.

A lista de membros à Comissão Política Nacional do PAN tem o lema “As causas primeiro”, vai a votos no congresso de junho, e conta com a deputada Bebiana Cunha em segundo lugar e 11 novos membros.

Em março, o ainda porta-voz, André Silva, anunciou que vai deixar as funções executivas no partido e o lugar de deputado no parlamento, invocando motivos pessoais e a defesa do princípio da limitação de mandatos.

Na lista, enviada à imprensa, Inês Sousa Real avança com 11 nomes novos, mantendo 16 dos 27 membros efetivos ainda em funções na Comissão Política Nacional (direção), entre eles, a deputada à Assembleia da República Bebiana Cunha, que surge em segundo lugar.

Em terceiro candidata-se Pedro Neves, deputado eleito à Assembleia Regional dos Açores, e em quarto Nelson Silva, deputado do PAN na Assembleia Municipal de Odivelas, que vai integrar o grupo parlamentar na Assembleia da República a partir de junho, com a saída de André Silva.

Na segunda-feira, numa publicação na rede social ‘Facebook’, a atual líder parlamentar do PAN diz ter escolhido pessoas “fortemente empenhadas e mobilizadas para abraçar este desafio” de renovar o partido, numa altura “em que um ciclo se fecha e outro se abre”.

“Queremos manter-nos fiéis às nossas causas, como sendo o combate à crise climática, a preservação dos ecossistemas e da biodiversidade, a proteção e o bem-estar animal, o combate às desigualdades sociais que ainda persistem, a promoção da inclusão e a erradicação de todas as formas de violência”, adiantou Inês Sousa Real.

No início de fevereiro, António Santos, Pedro Taborda e Fernando Leite (filiados número um, dois e três do PAN) tornaram pública uma carta na qual manifestaram o seu “desapontamento e indignação perante o estado atual do partido” e acusaram o ainda porta-voz, André Silva, de ser o “grande responsável pela anedota inofensiva que o PAN se está a tornar”.

“Dez anos depois [da sua fundação], vemos um PAN de comportamento autista no panorama político nacional, virado para dentro, que não se manifesta nem faz barulho, não luta pelas suas causas na arena da opinião pública, não tem paixão nem orgulho nas suas atuações, invisível para a sociedade e sem capacidade de inflamar o imaginário das pessoas com a nobreza dos seus ideias”, defenderam.

Na missiva, os três membros fundadores manifestaram também esperança que “outros e mais competentes candidatos possam erguer mais uma vez a chama do animalismo e ambientalismo e mobilizar as hostes para esta luta que cada vez mais urge cumprir”.

O VIII Congresso do PAN está marcado para 05 e 06 de junho em Tomar e sexta-feira é a data limite para envio de listas candidatas à Comissão Política Nacional e das moções globais de estratégia.

Até agora, não é conhecida mais nenhuma lista candidata a este órgão.

// Lusa

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