Pela primeira vez em quase uma década, um primeiro-ministro do Japão decidiu morar na residência oficial, uma estrutura centenária “assombrada”.
Fumio Kishida, o novo primeiro-ministro do Japão, disse, esta segunda-feira, que tem dormido profundamente desde que se tornou o primeiro chefe de Governo a ocupar a residência oficial, supostamente assombrada por fantasmas, em nove anos.
“Ontem dormi profundamente”, afirmou em declarações aos jornalistas, que perguntaram se o governante tinha observado alguns dos fantasmas que dizem existir na residência. “Ainda não vi nenhum“, respondeu, citado pela NDTV.
Em 1936, a residência, no centro de Tóquio, foi o local de uma tentativa de golpe em que vários funcionários, incluindo um ministro das Finanças, foram assassinados por jovens oficiais militares do Exército Imperial Japonês.
Diz-se que, durante vários anos, os fantasmas de alguns dos que estiveram envolvidos no incidente terão assombrado os corredores.
Kishida decidiu mudar-se para a residência oficial, ao contrário dos seus antecessores Yoshihide Suga e Shinzo Abe, por considerar que seria “benéfico” concentrar-se nos seus deveres públicos.
Quando ocuparam o cargo, Suga ficou instalado no complexo habitacional para membros do Parlamento japonês e Abe na sua residência particular no distrito de Shibuya, em Tóquio.
Fumio Kishida tomou posse, em outubro, como novo primeiro-ministro do Japão, numa sessão parlamentar extraordinária após a sua vitória nas primárias do Partido Liberal Democrático (LDP).
Kishida, de 64 anos, sucede a Yoshihide Suga, que se demitiu em bloco com o seu gabinete após pouco mais de um ano no poder.