As fugas no gasoduto Nord Stream 2, que liga a Rússia à Alemanha, no Mar Báltico, foram finalmente resolvidas, informou, este sábado, a agência de energia dinamarquesa.
“A pressão da água fechou mais ou menos o gasoduto, pelo que o gás no seu interior não pode sair”, disse Ulrich Lissek, porta-voz da agência, confirmando que ainda há gás nos tubos.
Explosões submarinas de alta potência danificaram os gasodutos Nord Stream 1 e 2, esta semana, provocando fuga de metano e colocando a Dinamarca e Suécia em alerta quanto às consequências destas fugas, que “poderiam ter sido intencionais”.
Na sexta-feira, Washington e Moscovo acusaram-se mutuamente pela tentativa de sabotar os gasodutos construídos pela Rússia, mas circulam outras teorias acerca da origem destas explosões.
As divergências entre os dois países prolongaram-se durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque, na sexta-feira, que fora convocada pela Rússia para discutir os problemas nos gasodutos.
Entretanto, Suécia e Dinamarca divulgaram um relatório provando que as fugas tinham sido provocadas por fortes explosões submarinas, no Mar Báltico.
“Tudo aponta para a Rússia”
Suécia, Dinamarca, Alemanha, União Europeia (UE) e NATO alegam que as fugas do Nord Stream foram causadas por um “acto intencional” de “sabotagem”.
Os olhares viram-se para a Rússia, apontada directamente como culpada pela Ucrânia. Mas o Kremlin fala em acusações “sem sentido e absurdas”, apontando antes o dedo aos EUA.
Algumas teorias da conspiração, no entanto, apontam o dedo aos EUA e à União Europeia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, apontou o dedo ao Ocidente, denunciando a tentativa de “destruir a infraestrutura energética” que alimenta a Europa Central.
Em Washington, a Casa Branca rejeitou as alegações de Putin sobre o oleoduto, lançando suspeitas sobre as intenções russas de “disseminar desinformação e mentiras”.
“Não vamos deixar que a desinformação da Rússia nos distraia da sua tentativa claramente fraudulenta de anexar território ucraniano”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, na sexta-feira.
Há vários anos que os Estados Unidos avisam a Alemanha dos riscos de ficar dependente da energia russa.
Os ataques aos oleodutos levaram as empresas de energia e os governos europeus a reforçar a segurança em torno desta infraestrutura energética.
ZAP // Lusa