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França rejeita novo adiamento do Brexit. Governo britânico admite ir a tribunal

Ecole polytechnique / Flickr

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês voltou este domingo a excluir a possibilidade de adiamento do Brexit, enquanto o Reino Unido admite recorrer a tribunal para contestar legislação aprovada no parlamento.

“No estado atual das coisas, não”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, durante a emissão do programa Le Grand Rendez-vous Europe1/CNEWS/Les Echos.

“Os britânicos dizem que querem propor outras soluções, acordos alternativos para assegurar a saída…). Não vimos isso, por isso não, não vamos recomeçar todos os três meses. As autoridades britânicas que nos indiquem o caminho”, reforçou.

O Parlamento britânico adotou esta semana uma proposta de lei forçando o primeiro-ministro, Boris Johnson, a adiar por três meses a data do Brexit, prevista para 31 de outubro, se não chegar a acordo para a saída com a União Europeia até 19 do mesmo mês.

Os britânicos que assumam a sua situação (…). É preciso que nos digam o que querem”, insistiu o chefe da diplomacia francesa.

Para Le Drian, está criada uma situação de “conflito de legitimidade entre o povo que, através de referendo, disse ‘quero sair’ e o Parlamento, também expressão do povo, que não sabe como sair”.

O ministro francês adiantou que de momento não se sabe o que querem fazer porque “nenhuma das opções é maioritária”. “Há um impasse que traduz riscos para o Reino Unido numa altura em que a Escócia agita a possibilidade de independência”, sublinhou.

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Dominic Raab, admitiu hoje, citado pela imprensa britânica, recorrer ao tribunal para contestar o projeto de lei aprovado para impedir um Brexit sem um acordo.

O Reino Unido tem atualmente previsto sair da União Europeia (UE) a 31 de outubro, já na sequência de um adiamento da saída da data inicial que era 29 de março.

Mesmo que o Governo britânico avance com o pedido, a extensão precisa depois de ser deferida unanimemente pelos restantes 27 Estados membros da UE.

// Lusa

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