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Fotografia da Rainha Isabel II removida da Universidade de Oxford devido à “história colonial”

(h) Buckingham Palace / EPA

Um grupo de estudantes da Universidade de Oxford removeu uma fotografia da Rainha Isabel II da sua área comum devido aos seus laços com a “história colonial”. A atitude gerou uma onda de controvérsia.

A imprensa internacional noticiou que que os alunos queriam remover a foto da rainha porque “para alguns alunos, as representações da monarca e da monarquia britânica representam a história colonial recente”.

A diretora do Magdalen College, da Oxford University, saiu em defesa do grupo de alunos que decidiu tirar da sua sala comum uma fotografia da rainha após o ministro da Educação do Reino Unido ter considerado a ação um “absurdo”, escreve o Huffpost.

Os membros do Middle Common Room (MCR), uma organização que junta alunos de pós-graduação do Magdalen College, votaram para remover a fotografia, que decorava a sua sala comum desde 2013.

Segundo a ata da reunião, citada pelo The Guardian, alguns alunos consideraram que imagens da rainha e da monarquia britânica “representam a história recente do colonialismo”.

Mattew Katzman, presidente do MCR, explicou ao The Telegraph que a decisão foi tomada com o objetivo de “deixar a sala comum neutra”.

Num tweet publicado esta terça-feira, o ministro da Educação britânico, Gavin Williamson, um dos muitos britânicos que criticaram a remoção da imagem de Isabel II, classificou a remoção da imagem como “simplesmente absurdo”.

“Ela é a chefe de Estado e um símbolo do melhor que o Reino Unido tem. Durante o seu longo reinado, ela trabalho incansavelmente para promover pelo mundo os valores britânicos da tolerância, inclusão e respeito”, afirmou o governante.

A resposta da diretora do Magdalen College, a advogada Dinah Rose, não tardou. Rose partilhou no Twitter “alguns factos” sobre o que tinha acontecido, explicando que a Middle Common Room é uma organização de alunos, que não representa a faculdade e que a decisão de tirar a fotografia da rainha é da inteira responsabilidade dos seus membros.

Embora a decisão tenha sido tomada apenas pelos alunos, a diretora do Magdalen College frisou que a faculdade “apoia fortemente a liberdade de expressão, o debate político e o direito do MCR à autonomia”.

Rose revelou ainda que membros da equipa da faculdade têm recebido “mensagens ameaçadoras e obscenas” e apelou a que os responsáveis por essas mensagens parassem.

Recentemente, a família real tem-se debatido com relatos de racismo após a entrevista do Príncipe Harry e Meghan Markle a Oprah Winfrey em março.

A duquesa de Sussex revelou que um membro da família real expressou “preocupações” racistas sobre a cor da pele de seu filho Archie antes do seu nascimento.

Por outro lado, no início do mês uma nova investigação do The Guardian revelou que o Palácio de Buckingham proibiu “imigrantes de cor ou estrangeiros” de servir em funções clericais na casa real até ao final dos anos 1960.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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