Mário Cruz / Lusa

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho
O Governo quer constituir um consórcio, em Beja, para criar uma escola de pilotos de aviões a jato, incluindo “privados que já o fazem em diversas partes do mundo”.
Em entrevista ao Jornal de Negócios, o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, garantiu que “está acertado” o pagamento de 100 milhões de euros por parte da ANA para a saída da Força Aérea do Montijo, apesar de o montante ainda não estar na posse do Estado.
“É um negócio entre a ANA e os Ministérios das Infraestruturas e das Finanças, não participamos nisso. Mas vindo para o Estado corresponde ao montante que será necessário para as alterações, que são muitas. Alterações que têm a ver com Beja e com Sintra”, adiantou o governante.
João Gomes Cravinho referiu ainda que “a esquadra de instrução, que estava em Sintra, já passou para Beja”, o que “vai libertar espaço em Sintra para receber helicópteros que estavam no Montijo”.
O objetivo do Governo, liderado por António Costa, é formar um consórcio para criar em Beja uma escola de pilotos de aviões a jato.
“Nós fazemos a instrução inicial, mas na passagem para jato os nossos pilotos geralmente vão para os EUA, como é o caso da Bélgica, da Dinamarca, e outros com dimensões semelhantes. Juntos faz sentido criarmos uma escola. E Beja tem duas coisas que não se compram com dinheiro: “céu azul 300 dias por ano” e “um espaço aéreo bastante disponível”, justificou o ministro da Defesa.