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Força Aérea autorizada a alugar 26 aeronaves para combater fogos

Paulo Cunha / Lusa

A Força Aérea foi autorizada a alugar 26 meios aéreos de combate aos incêndios florestais para o período de 2020 a 2024. A maioria é para substituir 22 aeronaves, cujos contratos terminam este ano.

O Governo autorizou a realização de despesa referente à “aquisição, pela Força Aérea, de serviços de disponibilização e locação dos meios aéreos que constituem o dispositivo aéreo complementar do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais de 2020 a 2024”, segundo o comunicado do Conselho de Ministro.

Fonte do Ministério da Defesa disse à agência Lusa que se trata de 26 aeronaves, mas não avançou o valor em causa. Entre os meios aéreos que a Força Aérea vai alugar estão helicópteros ligeiros e pesados, aviões anfíbios médios e pesados e aviões ligeiros de coordenação.

Estas aeronaves serão para o período de 2020 a 2024 e vão substituir os meios aéreos que terminam o contrato no final deste ano.

Segundo o Ministério da Defesa, 22 aviões e helicópteros que integram o atual Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais terminam os contratos iniciados em 2018 e em 31 de dezembro de 2019. Conta também com mais 35 meios aéreos, alugados este ano e com contrato até outubro de 2022.

O Ministério da Defesa ressalva que se pretende, “de forma gradual e até 2023, edificar uma capacidade própria e permanente de meios aéreos do Estado para o combate aos incêndios rurais”.

No entanto, sustenta, que continua a ser necessário, nos próximos anos, “recorrer à aquisição de serviços de disponibilização e locação de meios aéreos, em função da disponibilidade dos meios aéreos próprios do Estado”.

O dispositivo de combate a incêndios conta este ano com 61 meios aéreos, incluindo um helicóptero para a Madeira.

A1, A25 e IC2 cortadas devido a fogo

A Autoestrada do Norte (A1), a A25 e o IC2 estão cortadas devido a um incêndio no concelho de Albergaria-a-Velha, Aveiro, que mobiliza 227 operacionais, segundo a Proteção Civil.

De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Aveiro, estão cortadas a A1 (Albergaria – Aveiro Sul), a A25 (no nó de Angeja Carvoeiro), na Estrada Nacional 16-2 junto às localidades de Afilhó e Alquerubim e o IC2.

Em declarações à agência Lusa, o comandante operacional, António Ribeiro, explicou que foi necessário o corte das estradas por causa do incêndio que deflagrou às 11h28 de quinta-feira na localidade de Paus, freguesia de Alquerubim, concelho de Albergaria-a-Velha. Ao início da manhã, o fogo estava com duas frentes ativas e mobilizava 253 operacionais, com o apoio de 77 veículos.

O incêndio ainda não está dominado. Durante a noite foi preciso proteger algumas habitações. Este incêndio atravessou o perímetro urbano”, disse, acrescentando que o vento forte está a dificultar o combate.

Também no distrito de Aveiro, no concelho de Águeda continuava às 7h30 por dominar o fogo que começou às 16h28 de quinta-feira em Veiga, na freguesia de Valongo do Vouga. Este incêndio tem uma frente ativa e está a ser combatido por 247 operacionais, com o apoio de 76 veículos.

“À semelhança do de Albergaria, também este incêndio continua por dominar. Também houve habitações em risco. O combate é difícil devido ao vento forte que facilita as projeções”, disse o comandante António Ribeiro. De acordo com o comandante, de manhã se as condições climatéricas (vento forte) e o fumo o permitirem, o combate vai ser reforçado com meios aéreos.

Ainda no distrito de Aveiro, continuava às 7h30 ativo o fogo que deflagrou na quinta-feira às 11h29 na freguesia de Macinhata do Vouga, Águeda, mobilizando 132 operacionais, com o auxílio de 40 operacionais.

Por causa deste incêndio, estavam às 750 cortados alguns nós da A1, A25 e IC2 (no nó de Albergaria e Lamas do Vouga). Por dominar esta sexta-feira de manhã, está ainda o fogo que deflagrou às 23h36 nas freguesias de Teixeira e Teixeiró, concelho de Baião, no distrito do Porto, que estava às 7h30 a ser combatido por 125 operacionais, com o apoio de 40 veículos.

ZAP // Lusa

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