A agência Fitch retirou o grau de investimento do Brasil, rebaixando a nota soberana do país de BBB- para BB+ – entrando no nível especulativo, ou seja, “lixo”.
Além de rebaixar a nota – o grau de investimento era conferido a países considerados bons pagadores e seguros para investir -, a agência de classificação de risco colocou o Brasil em perspetiva negativa.
Segundo a agência, a despromoção é reflexo da recessão económica, mais profunda do que se esperava, do cenário fiscal adverso e do crescimento da incerteza política, que pode afetar a capacidade do governo de implementar ajustes para estabilizar a crescente dívida pública.
Para a Fitch, o aumento da taxa de desemprego, o crédito mais restrito, a confiança em queda e a alta inflação estão a reduzir o consumo. A agência também destaca que o ambiente externo continua difícil para o Brasil, com a queda dos preços de produtos primários com cotação internacional (commodities), a desaceleração da economia da China e o aperto das condições financeiras internacionais.
Esta é a segunda agência de classificação de risco a retirar o grau de investimento do Brasil. Em setembro, a Standard&Poor‘s reduziu a nota de crédito do Brasil de BBB- para BB+, também com perspectiva negativa.
Quando duas agências retiram o grau de investimento, fundos estrangeiros têm que retirar recursos aplicados no país.
Confiança abalada
A classificação de risco por agências estrangeiras representa uma medida de confiança dos investidores internacionais na economia de determinado país. As notas servem como referência para os juros dos títulos públicos, que representam o custo para o governo pedir dinheiro emprestado aos investidores.
As agências também atribuem notas aos títulos que as empresas emitem no mercado financeiro, avaliando a capacidade das companhias honrarem os compromissos.
O grau de investimento funciona como um atestado de que os países não correm risco de incumprimento na dívida pública. Abaixo dessa categoria está o grau especulativo, cuja probabilidade de deixar de pagar a dívida pública sobe à medida que a nota diminui. Quando um país entra em incumprimento, os títulos passam a ser considerados “lixo”. O mesmo vale para as empresas.
As agências mais conceituadas pelo mercado são a Fitch, a Moody’s e a Standard & Poor’s (S&P), que periodicamente enviam técnicos aos países avaliados para analisarem as condições da economia. Uma avaliação positiva faz um país e suas empresas levantarem recursos no mercado internacional com custos menores e melhores condições de pagamento. Da mesma forma, uma boa classificação atrai investimentos estrangeiros ao país.
ZAP / Agência Brasil
Ai Brasil, Brasil!.. com tantos recursos naturais, e, em vez de melhorar, piora!!
Julguei que tivessem sido sempre lixo afinal nao.