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FIFA pagou à Irlanda para evitar processo por causa da mão de Henry

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Mão na bola de Thierry Henry no França-R. Irlanda (1-1) de 19 de Novembro de 2009

Mão na bola de Thierry Henry no França-R. Irlanda (1-1) de 19 de Novembro de 2009

A Associação de Futebol da Irlanda (FAI) desistiu de um processo legal, no âmbito dos “play-offs” para o Mundial 2010 e por causa de uma mão na bola do francês Thierry Henry, a troco de 5 milhões de dólares da FIFA.

Um dado que começou por ser revelado pelo director-executivo da FAI, John Delaney, mas que entretanto foi confirmado pela própria FIFA e que surge no rescaldo do escândalo dos subornos na organização que pode chegar ao presidente Joseph Blatter.

Na base deste caso está o jogo entre a França e a República da Irlanda disputado a 19 de Novembro de 2009, em Paris, e que terminou com um empate a 1-1 que qualificou os gauleses para o Mundial de 2010 na África do Sul.

O golo francês, marcado por William Gallas, deu muito que falar porque, antes de fazer o passe para o seu colega de equipa, Thierry Henry dominou a bola com a mão.

“Sentimos que tínhamos um caso legal contra a FIFA por causa da forma como o play-off do Mundial não resultou para nós, devido à mão de Henry. Também pela forma como Blatter se comportou, com um risinho e uma gargalhada para nós”, revela o director-executivo da FAI em entrevista na RTÉ Radio One, citada pela comunicação social irlandesa.

Nesse dia, quando fui ter com ele e disse-khe como me sentia em relação a ele, usaram-se alguns palavrões”, acrescenta Delaney.

Os irlandeses chegaram a propôr a repetição do jogo ou o apuramento para o Mundial como a 33.ª equipa, mas acabaram por chegar a um entendimento com a FIFA a troco de uns quantos milhões.

“É um acordo muito bom para a FAI e um entendimento muito legítimo para a FAI”, sublinha John Delaney, que se recusou a revelar o valor em causa, por estar obrigado à confidencialidade.

Foi a própria FIFA a divulgar o valor de 5 milhões de dólares, confirmando também o acordo como “um empréstimo para a construção de um novo Estádio“.

A FAI, por seu turno, emitiu entretanto um comunicado a notar que a decisão foi tomada após “forte aconselhamento legal” nesse sentido “para evitar um processo legal grande, oneroso e prolongado”.

SV, ZAP

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