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Ferrero Rocher acusada de lucrar com trabalho infantil

Defensores dos direitos humanos dizem que 30% das avelãs usadas nos chocolates da Ferrero Rocher provém da Turquia, com utilização muito provável da trabalho infantil.

A Ferrero Rocher, terceira maior empresa de chocolate no mundo, é conhecida pelo seu famoso anúncio com uma senhora que pede bombons a Ambrósio, o seu motorista.

Porém, agora, documentos oficiais registam que há 900 mil crianças a trabalhar na Turquia. Destas, 11.300 crianças têm entre seis e 14 anos. Muitas dessas crianças têm empregos sazonais na agricultura, trabalhando muitas vezes até doze horas por dia, sem contrato, cobertura de saúde ou direitos básicos.

Num vídeo do grupo humanitário britânico WeMove Europe, citado pelo jornal britânico The Guardian, são entrevistadas crianças muito novas. Uma delas, com 12 anos, disse que, nos últimos dois anos, tem trabalhado na colheita de avelãs.

A Ferrero Rocher reconhece que apenas conhece a origem de 49% das avelãs que utiliza, mas garante o seu objetivo é chegar aos 100%. A empresa afirma-se “determinada a evitar e eliminar o trabalho infantil ao longo de todas as nossas cadeias de fornecimento”.

“A complexidade da cadeia de fornecimento de avelãs significa que não pode ser transformada por um único ator. A cooperação é essencial para lidar com a questão do trabalho infantil”, disse a empresa, notando que não é dona de explorações de avelãs na Europa.

No entanto, um membro da WeMove Europe sugere que a empresa é a principal responsável, dado o preço que paga pelas avelãs. Se a Ferrero Rocher pagar um “preço justo”, ajudará a eliminar o trabalho infantil nessa indústria, explica a organização.

ZAP //

 

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